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Italiano ‘renomado’ em Niterói chega a São Gonçalo; conheça a nova unidade da Húngara Lanches

Unidade realiza promoção e inauguração, com dois italianos pelo preço de um, nesta sexta (16)

relogio min de leitura | Escrito por Felipe Galeno | 16 de junho de 2023 - 10:30
Casal decidiu embarcar junto na missão de trazer franquia à São Gonçalo
Casal decidiu embarcar junto na missão de trazer franquia à São Gonçalo -

Para quem mora em Icaraí, comer um italiano da Húngara é tradição. Fundada em 1983, a lanchonete já é sinônimo de salgados para vários moradores da região há algum tempo. Em São Gonçalo, porém, a situação é diferente — apesar do sucesso no município vizinho, a marca de lanches ainda não é tão conhecida por aqui. Ou pelo menos não era, já que, há duas semanas, um casal de gonçalenses têm investido esforços para imprimir um pouco da identidade local no DNA niteroiense do estabelecimento.

No último 1° de junho, o casal Graziela Dantas e Marcos Costa, ambos de 40 anos, inaugurou, no Centro de São Gonçalo, a primeira unidade da Húngara Lanches no município. Nos poucos dias desde então, suas rotinas mudaram drasticamente por conta do frenético movimento que a franquia trouxe mesmo antes de seu evento oficial de inauguração, que acontece nesta sexta-feira (16), com a tradicional promoção da Dose Dupla.

Lanchonete fundada em 1983 se especializou em salgados
Lanchonete fundada em 1983 se especializou em salgados |  Foto: Layla Mussi
  

Graziela explica que todas as unidades da lanchonete, transformada em franquia há cerca de um ano, abrem as portas alguns dias antes de iniciarem a divulgação para fazer uma espécie de ‘aclimatação’ no novo ponto. Depois de estabelecidos no local, os proprietários fazem então a Dose Dupla, promoção de inauguração que garante, por duas horas, dois salgados pelo preço de um para os clientes que aparecerem no local. Na de São Gonçalo, a promoção acontece entre 15h e 17h desta sexta (16).

Com o movimento dos últimos dias, os funcionários do local já esperam que o dia de promoção seja ainda mais agitado. “Em duas semanas já está um sucesso. A gente nem conseguiu começar o delivery por conta do volume de vendas no balcão. Não teve um dia em que as vendas foram ruins”, celebra Graziela.

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A administradora do espaço, que administra um restaurante em Itaboraí há cerca de 10 anos, explica que a ideia de começar o negócio surgiu depois que seu esposo decidiu mudar de ramo para ir trabalhar na mesma área que ela. “Eu sou formada em administração de empresas e faço pós em gestão gastronômica. Meu marido era da construção civil, mas gostava muito de me ver nessa área, se identificava com isso também. Como já estava cansado da construção civil, quis entrar nessa também”, ela detalha.

Casal decidiu embarcar junto na missão de trazer franquia à São Gonçalo
Casal decidiu embarcar junto na missão de trazer franquia à São Gonçalo |  Foto: Layla Mussi
  

Para embarcar no ramo, Marcos abriu mão dos anos de experiência na empresa de aluguel de caçambas e transporte de resíduos que tinha no Rio do Ouro, onde a família mora. “Já trabalhava lá, com isso, há 10 anos. Me desfiz da minha parte toda para apostar em investir tudo aqui, em ir para essa área e ver se dava certo”, ele conta.

Antes de começar, no entanto, a dupla precisava passar pelo delicado momento da escolha de negócio. O restaurante que gere em Itaboraí havia, há pouco tempo atrás, fechado as portas por conta das dificuldades ocasionadas pela pandemia de Covid-19. A ideia, portanto, era entrar em projeto diferente, mas que, ao mesmo tempo, tivesse uma identidade já estabelecida.

“Ele queria vir para essa área, mas não sabia muito bem o que fazer. Como eu já tinha o restaurante, falei pra ele: 'vamos pegar alguma coisa que esteja já formatada'”, ela explica. Foi aí que a lanchonete entrou na história, por sugestão de amigos.

“Eu já conhecia, já tinha lanchado lá, mas, na época, não era uma franquia. Era só uma lanchonete do Seu Zé. Uma amiga nossa que é lojista lá do shopping Bay Market disse que tinha virado franquia, que tava um sucesso lá e isso nos motivou a pesquisar”, narra Marcos. “E aí que a gente se apaixonou pelo produto; é tudo de muita qualidade, muito bom”, complementa a esposa.

Com a pesquisa, eles descobriram também que outros gonçalenses eram fãs do estabelecimento e se deslocavam de município para poder comprar os salgados. “Temos muitos amigos que moram aqui que conheciam, consumiam o produto mas tinham que ir pra Niterói pra comer. Aí a gente pensou: 'por que não abrir aqui?'”, conta Graziela.

O casal foi, então, atrás dos donos da Húngara original, que fica em Icaraí. A lanchonete foi fundada em 1983 pelo Sr. José Correia. Por ser conhecido, na época, por vender doces húngaros, o proprietário acabou deixando isso inspirá-lo na escolha do nome do estabelecimento, que, apesar disso, sempre foi especializado em italianos. Depois de quase quatro décadas, o dono da marca sentiu, há cerca de um ano, que o espaço estava firmado o bastante para ‘se multiplicar’.

Temos muitos amigos que moram aqui que conheciam, consumiam o produto mas tinham que ir pra Niterói pra comer. Aí a gente pensou: 'por que não abrir aqui?'”
Temos muitos amigos que moram aqui que conheciam, consumiam o produto mas tinham que ir pra Niterói pra comer. Aí a gente pensou: 'por que não abrir aqui?'” |  Foto: Layla Mussi

Como franquia, o espaço fundou 11 novas unidades antes de chegar a São Gonçalo. O casal que gere a unidade gonçalense conta que, além da experiência de Graziela, uma outra coisa que ajudou a dar confiança aos donos para inaugurar o novo espaço foi seu interesse em transformar o salgado numa ‘experiência’, como definem.

“Nosso interesse não é vender comida, vender italiano, é vender uma experiência. E a gente viu que a lanchonete vende experiência. O salgado faz as pessoas remeterem há vários anos atrás. Tem clientes que vêm aqui e falam: ‘caramba, eu comia isso quando era adolescente lá em Niterói, que maravilhoso’”, explica Graziela.

Ao mesmo tempo, ambos não escondem o receio que sentiram de que a tradição da marca não fosse o suficiente para atrair clientes num espaço totalmente novo. Para complementar isso, eles fizeram questão de só abrir se conseguissem fazê-lo na Rua Feliciano Sodré, principal via do Centro, onde poderiam contar com a movimentação.

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“Se você escolher um ponto em que você não consegue garantir o movimento, você não consegue se manter. Para abrir, não dava para ser num outro bairro, tinha que ser num ponto com muita circulação. Até porque a Húngara não é daqui, é de Niterói, não sabíamos  se ia gerar a mesma identificação aqui de cara”, continua ela.

No fim das contas, parece que deu certo; durante a conversa com OSG, no meio da tarde em um meio de semana, a própria Graziela divide a atenção entre as respostas e os clientes, que não param de entrar. Se o balcão fica, finalmente, vazio, não demoram muitos segundos para aparecerem novos interessados nos italianos.

Resenha Degustativa
 

Falando neles, inclusive, há uma razão para serem tão celebrados. Se alienígenas viessem à Terra para conhecer um pouco da cultura humana e tivéssemos que apresentar o famoso salgado para a espécie, haveriam poucas opções que melhor representassem a essência do italiano do que a vendida no Húngara. O tradicional, de queijo e presunto, é o arquétipo do italiano clássico.

Quem for exigindo um sabor muito diferente ou inovador pode se decepcionar com a opção tradicional, já que ele não tenta reinventar a roda ou foge da familiaridade. Sua assinatura está no apuro com os elementos “clássicos” do salgado. Da textura da massa a temperatura do queijo, passando pela qualidade dos ingredientes usados, tudo nele tem gosto daquele lanche para matar a fome depois de um dia de trabalho.

Quem quer tentar um sabor mais particular, pode apostar no sabor mais “gourmet” do cardápio: o italiano de costela com cream cheese e muçarela, opção que, na opinião do repórter que assina essa matéria, vence a briga quando comparado com os sabores tradicionais.

A combinação de muçarela e cream cheese é o que dá a graça, a cremosidade extra que o salgado precisava e a ponte entre a massa de salgado e o tempero da costela. É o produto mais caro do estabelecimento, custando R$ 13,50, mas têm feito sucesso em São Gonçalo, como contam Graziela: “Ele não sai em nenhum outro lugar com o mesmo volume daqui. As pessoas têm uma ideia negativa de São Gonçalo e isso contraria; mostra que aqui, se a gente oferece um produto que é bom, as pessoas compram”.

Estabelecimento também oferece opções de italiano doce
Estabelecimento também oferece opções de italiano doce |  Foto: Layla Mussi
  

Ao todo, o cardápio tem cerca de 14 opções de salgado (contando as variações com cebola), que incluem ainda os italianos doces. O principal dele é o de chocolate, que tem “o gosto da cara que tem”. O chocolate derretido é uma delícia e, para quem não tem problemas com massas de recheio doce, é uma boa pedida, sobretudo por conta da quantidade de recheio que vem.

Um italiano tradicional com um copo de refresco custa R$ 10 no local. O combo com dois salgados é R$ 16. O espaço, que vende também açaí e opções de bebida, fica na Rua Dr. Feliciano Sodré, 91, no Centro, das 8h30 às 19h30.

➢ Este artigo não é um texto publicitário e reflete a opinião da repórter no momento da entrevista. Valores e condições de atendimento podem sofrer alterações algum tempo depois da publicação. 


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