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Taxista é morto a tiros em tentativa de assalto em SG

Escrito por Redação | 01 de abril de 2017 - 08:30

Por Daniela Scaffo e Thiago Soares

Uma tentativa de assalto terminou com um taxista morto, no bairro de São Miguel, em São Gonçalo, na noite de quinta-feira. A vítima foi atingida por dois tiros e morreu poucos minutos após dar entrada no hospital.

O taxista Paulo Renato Alves Lage, de 47 anos, recebeu um chamado para realizar uma corrida e seguiu em direção ao bairro. Ao chegar na Avenida São Miguel, os supostos passageiros anunciaram o assalto. Ainda dentro do veículo, o profissional tentou arrancar com o carro e acabou atingido por dois tiros de pistola, nas regiões da nuca e no peito.

Mesmo ferido, Paulo ainda dirigiu por mais alguns metros até bater em outro automóvel. Ele ainda conseguiu ligar para o filho, que acionou o Corpo de Bombeiros. O taxista foi levado para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade. Os bandidos fugiram sem levar nada.

Segundo familiares, Paulo trabalhava como taxista há pouco mais de cinco anos. Anteriormente, ele era funcionário de um posto de combustíveis no Porto da Pedra. Um primo da vítima, que se identificou apenas como Professor Carvalho, de 57 anos, lamentou a morte e comentou como Paulo era adorado por todos que o conheciam. “Meu primo era um homem trabalhador, um guerreiro. Todos que o conheciam gostavam dele. Sempre foi de falar com todo mundo, ajudar todo mundo, parecia agente de Relações Públicas, além de excelente pai”, disse o professor, na porta do Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó.

Inicialmente, o caso foi registrado na 72ªDP (Mutuá), mas será remetido à Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNSG).

Sepultamento - Cerca de 150 pessoas estiveram na cerimônia de despedida do taxista, que era morador do Pita. O enterro aconteceu no Cemitério Parque da Paz, no Pacheco, no final da tarde de ontem.

Antes do sepultamento, taxistas da mesma cooperativa em que a vítima trabalhava fizeram uma manifestação pedindo por mais segurança. O ato começou na Avenida 18 do Forte, onde cerca de 100 trabalhadores seguiram em direção ao cemitério.

“Fizemos o ato pedindo mais respeito pela categoria, que tem sido vítima de todo tipo de atrocidades. Saímos de casa sem sabermos se vamos voltar. Foi um crime brutal e que chocou a todos nós”, indignou-se Rogério Barbosa, 46, representante da cooperativa.

Paulo Renato deixa três filhos, sendo um jovem que também trabalhava como taxista no mesmo ponto, além de duas gêmeas menores de idade.

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