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Família gonçalense cria vaquinha para pagar tratamento de jovem que teve AVE

A jovem está de casamento marcado

Escrito por Redação | 19 de novembro de 2020 - 10:48
A jovem já responde a estímulos
A jovem já responde a estímulos -

Por Ana Carolina Moraes*

Imagine ver sua filha tendo seu sonhos interrompidos por causa de uma doença inesperada. Imagine receber o diagnóstico de que sua filha só viverá mais sete dias. Esse foi o desespero vivido pela doméstica Eliane Ribeiro Paz da Cunha, de 48 anos, mãe de Jéssica Paz da Cunha, uma jovem de 25 anos que, no último dia 06 de outubro, sofreu um Acidente Vascular Encefálico (AVE). A jovem vem se recuperando bem, se mostrando forte, resistente e superando todas as expectativas dos médicos, sendo um verdadeiro "milagre", segundo sua família. Mas, além da força de Jéssica, os irmãos, o pai, a mãe e o noivo da jovem precisam de uma ajuda financeira para conseguirem arcar com os gastos da recuperação da jovem e, por isso, resolveram fazer uma vaquinha online.

Eliane explica como foi o dia no qual sua filha teve um AVE. "Jéssica estava bem e feliz. Ela ficou noiva no dia 03 de outubro e tinha acabado de conseguir uma vaga de emprego com um salário maior para custear seu casamento. Por isso, no dia 06 do mesmo mês, ela foi até um local tirar uma foto 3X4 para a nova contratação. Na fila de espera, uma funcionária do local disse que viu Jéssica gritar e colocar a mão na cabeça. No mesmo momento, minha filha teria tentado esticar a perna, com todos aqueles sintomas de quem está tendo um problema cerebral. Ainda consciente, mas sem conseguir falar, ela ligou para o meu marido e a funcionária do local falou com ele dizendo que Jéssica estava mal. Ele e o irmão mais velho da minha filha foram até o local e a socorreram, levando ela para o Hospital São José dos Lírios, no bairro Zé Garoto, em São Gonçalo", contou Eliane. 

A partir daí, o desespero da família de gonçalense só aumentou. Ao chegar no hospital, a jovem desmaiou. Após realizarem os primeiros socorros, os médicos da unidade de saúde precisaram entubar a jovem. Jéssica teve, então, uma parada cardiorrespiratória de 5 minutos, depois disso, através de exames, a técnica em administração foi diagnosticada com um AVE e os médicos colocaram um dreno nela. A mãe de Jéssica conta que teve que ouvir dos médicos que a filha teria apenas mais 24 horas de vida ou poderia ficar em estado vegetativo permanentemente.

"Não me deram esperanças. Ficamos todos nós ali, na frente do hospital, arrasados, mas não deixamos de acreditar em Deus. Fizemos orações, o pessoal da nossa igreja também foi todos os dias, durante quarenta dias, na porta do hospital rezar por ela", disse Eliane. 

Nos primeiros dez dias após a sua internação, Jéssica começou a dar sinais de uma boa recuperação. Ela começou a mexer os braços e pernas levemente e já respondia a chamados. No entanto, após isso, ela apresentou um quadro de pneumonia, precisou ser cedada para a retirada do dreno, fez uma traqueostomia e, no dia 20 de outubro, Jéssica foi diagnosticada com hidrocefalia. A partir daí, a recuperação da jovem regrediu por um tempo até que ela foi transferida para o quarto.

"Jéssica fez mais alguns exames e foi liberada para ir para o quarto e deixar o CTI. Ao chegar no seu quarto, ela conseguiu avançar novamente e voltou a ter alguns movimentos. Hoje, a minha filha está lúcida, responde a estímulos, mexe o ombro, a cabeça, um pouco dos braços e pernas, já escolhe o que quer, apesar de ainda não conseguir falar. E os médicos realizaram um exame no último dia 12 e viram que ela não tem mais a hidrocefalia, acreditamos muito em milagre, já que eles não realizaram nenhum procedimento nela. Os médicos acreditam que a hidrocefalia se desfez por ela mesma. Minha filha está tomando um antibiótico para sua sinusite e, depois da avaliação dos médicos e de mais alguns procedimentos, ela poderá ser liberada para ir para casa", contou a mãe de Jéssica.

A felicidade da família com a recuperação da jovem é enorme. Mas, agora, eles precisam se preparar para receber Jéssica em casa com suas novas necessidades, por isso, a vaquinha se faz necessária. 

"Ainda não sabemos o valor total que vamos precisar, não conseguimos sentar ainda para contar. Mas, teremos que lidar com uma cama adaptada, cadeira de rodas, clínicas, fisioterapeutas e uma equipe médica. Os médicos do hospital disseram que tudo precisa ser rápido, ou seja, Jéssica não tem condições de ficar na fila do SUS esperando uma vaga, pois, com isso, ela pode perder a chance de voltar a ter seus movimentos. Nós teremos que custear o seu tratamento. Pensamos na vaquinha e pedimos ajuda dos que puderem doar. Meu marido está desempregado e qualquer quantia ajudará", contou Eliane. 

Para quem quiser ajudar na vaquinha de Jéssica e na rede de apoio da família da jovem, basta doar qualquer quantia no link a seguir: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/tratamento-da-jessica-jessica-paz-da-cunha. Quem quiser entrar em contato com a família, basta ligar para Eliane no número (21) 98684-5372. 

Sobre os planos para o casamento de Jéssica, que está marcado para dezembro de 2021, a família acredita em um milagre. "O noivo de Jéssica não quer adiar o casamento, ele crê na recuperação dela", disse a mãe da jovem de 25 anos.

*Estagiária sob supervisão de Marcela Freitas

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