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Ministro da Ciência e Tecnologia afirma que 'Annita' diminui carga viral da covid-19

Marcos Pontes é voluntário em testes

Escrito por Redação | 20 de outubro de 2020 - 13:49

O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, durante coletiva dada no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (19), indicou que a medicação nitazoxanida (conhecida como "Annita") limita a carga viral de covid-19 em pacientes. O anúncio foi sobre estudos clínicos ordenados pela pasta e que tiveram o ministro como um dos voluntários da pesquisa. Ele testou positivo para a doença em julho. A nitazoxanida é um vermífugo de baixo custo. As verificações clínicas em estudo sobre a utilização de Annita em casos de covid-19 foram divulgadas por Pontes em abril deste ano.

De acordo com Pontes, os estudos feitos com pacientes já diagnosticados com o novo coronavírus e que usaram a medicação apontaram que o remédio "reduz o contágio, reduz a carga viral e diminui a probabilidade da pessoa aumentar os sintomas". Entretanto, as conclusões dos estudos ainda serão analisadas antes de serem aceitas por um periódico científico internacional. O ministro não deu mais detalhes sobre isso.

Ele ressaltou ainda que a utilização do medicamento não serve como prevenção e somente é aplicável em casos identificados de covid-19. "Vantagens do medicamento: é de baixo custo, não tem efeitos colaterais sérios. Mas não é utilizado para fazer prevenção e não tem medida profilática. O uso é só depois que a pessoa já foi infectada com o vírus", disse o ministro.

Pontes afirmou ter sido um dos voluntários da pesquisa e ponderou que "é importante participar". Ainda, disse ter sofrido com a morte de amigos pela covid-19 e espera que o uso da nitazoxanida possa ajudar a reduzir o avanço dos quadros para situações graves da doença. "A ciência é a única arma que nós temos para combater o vírus, é ela que faz os resultados como um todo", declarou Pontes.

Pontes declarou que sua função, enquanto ministro da Ciência e Tecnologia, já foi realizada. A responsabilidade sobre outros estudos com o remédio ficarão sob comando do Ministério da Saúde.

De acordo com a pasta, as pesquisas receberam 1.555 voluntários que exibiram sintomas habituais do novo coronavírus. Elas foram realizadas em modelo chamado "duplo cego". Isso quer dizer que nem os voluntários e nem os médicos que atuaram no estudo sabiam se foi o placebo ou a nitazoxanida que foi aplicada nos pacientes.

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