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Núcleos especializados registram cerca de 600 atendimentos às crianças e adolescentes vítimas de violência em SG e Niterói

O bairro Jardim Catarina apresentou maior número de registros de violência, contabilizando 30 vítimas, no primeiro trimestre

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 27 de abril de 2024 - 12:01
Os núcleos de atendimentos em Niterói e São Gonçalo registraram 600 atendimentos às vítimas de supostos abusos sexuais e violências domésticas entre janeiro a março
Os núcleos de atendimentos em Niterói e São Gonçalo registraram 600 atendimentos às vítimas de supostos abusos sexuais e violências domésticas entre janeiro a março -

A Gerência do Programa de Atenção à Criança e ao Adolescente Vítima de Violência (NACA) da Fundação para Infância e Adolescência (FIA) realizou uma visita técnica, na quinta-feira (25), aos núcleos de atendimentos em Niterói e São Gonçalo, ambos administrados pelo Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG), que registraram 600 atendimentos às vítimas de supostos abusos sexuais e violências domésticas (incluindo crianças e adolescentes), entre janeiro a março (2024).

No mesmo período, foram contabilizados 135 novos casos em São Gonçalo, e outros 10, na unidade Niterói, que também atende demandas oriundas dos municípios de Itaboraí, Maricá, Rio Bonito e Tanguá. Em São Gonçalo, nos primeiros atendimentos, realizados entre janeiro e março, foram constatados os seguintes casos de violências: 91(sexual), 32 (psicológica), 20 (física) e 3 (negligência). A região com maior incidência de casos foi o Jardim Catarina, com 30 registros.

Já no NACA (Niterói) foram registrados 8 casos na cidade sede, 1 em Maricá e 1 em Itaboraí. Sendo 9 registros de violência sexuais, 3 psicológicas e 1 física. Vale ressaltar que, em alguns casos envolvendo crianças e adolescentes, foram constatados e contabilizados mais de um tipo de violência. (Fonte: NACA- SG/Niterói).


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“Os Nacas SG e Niterói, juntos, superaram a meta mensal de atendimentos e já têm uma lista de espera. Cada dupla de técnicos (assistente social e psicólogo) atende 40 casos/mês. Recebemos demandas de toda a rede de garantias de direitos e somos reconhecidos pela excelência e qualidade nos atendimentos e na elaboração de relatórios. Esperamos que os próximos convênios contemplem investimentos maiores para aumentarmos o quantitativo de profissionais e darmos conta das novas demandas”, disse Lívia Gaspary, coordenadora do NACA/SG. “A imparcialidade dos relatórios e a escuta especializada têm sido diferenciais dos núcleos. Por conta disso, em Niterói, a adesão das famílias tem aumentado”, reiterou Susana Natal, que coordena, há 10 anos, o NACA-Niterói.

Gerência de programa da FIA visitou instalações das unidades

A visita dos coordenadores da FIA foram mediadas pela gestora do MMSG, Marisa Chaves, e pelas coordenadoras dos Núcleos de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência (NACAs) em SG e Niterói, respectivamente, Lívia Gaspary e Susana Natal. Participaram da ação a gerente do Programa NACA/FIA, Danielle Gimenez, e os coordenadores técnicos Monique Albuquerque e Edson Campos.

Pela manhã, os coordenadores visitaram as instalações em Niterói e São Gonçalo, acompanharam uma atividade pedagógica realizada com crianças e adolescentes vítimas de violência e, à tarde, organizaram uma reunião de alinhamento entre integrantes dos núcleos com pautas aludindo a padronização da construção de dados, o preenchimento de tabelas estatísticas e a implementação de novos procedimentos técnicos

SG e Niterói são referências na elaboração dos relatórios

A gerente Danielle Gimenez elogiou as instalações dos núcleos em Niterói e São Gonçalo e o trabalho preventivo de acolhimento às crianças e adolescentes vítimas. “Essa visita tem o propósito de garantir o compartilhamento de objetivos comuns das equipes, e o entendimento de seus papéis e responsabilidades. A ação busca promover a eficiência, a colaboração e a coesão do grupo, levando melhores resultados. Consideramos o trabalho dos NACAs administrados pelo MMSG como referência no estado. Além de profissionais capacitados, o diferencial da entidade é o comprometimento e a seriedade na elaboração dos relatórios técnicos, que, em muito contribuem para os encaminhamentos às instituições competentes e na garantia de direitos”, enfatizou Gimenez.

Importância da ‘escuta qualificada’

Durante a reunião, Marisa Chaves agradeceu a presença da equipe da coordenação técnica da FIA e falou da importância dos NACAs no acolhimento e atendimento às vítimas e, sobretudo, na escuta qualificada, profissional e ética. “Sou suspeita em falar da minha equipe, pois sei da capacidade e excelência na execução das atividades. Contudo, no âmbito dos NACAs, destaco o trabalho da escuta qualificada durante o atendimento às vítimas. Isso faz toda a diferença, pois, é um suporte para elaboração dos relatórios técnicos que são enviados às instituições e corroboram com a Justiça na prisão dos alegados autores das violências”, reiterou Chaves.

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