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Estudo afirma que mulheres são mais cautelosas que homens no trânsito

Apenas 25% das indenizações do DPVAT foram pagas para mulheres

Escrito por Redação | 22 de maio de 2019 - 11:15

Um estudo divulgado pela Seguradora Líder revelou que as mulheres são mais cautelosas do que os homens no trânsito. De acordo com o relatório, das mais de 328 mil indenizações pagas pelo Seguro DPVAT no ano passado, apenas 25% foram para vítimas do sexo feminino em todo o país.

A equipe do O SÃO GONÇALO foi até as ruas, ontem, e ao mostrar o estudo para os motoristas, viu um sentimento de alívio por parte das mulheres, que são vítimas de preconceito no trânsito. “Eu sou cautelosa no trânsito e isso já fez com que homens quisessem arrumar briga comigo em diversas ocasiões. Sou habilitada há um ano e meio e as pessoas pedem até para eu ficar mais ‘ligada’, pois acabo ficando um pouco ‘refém’ nos sinais e cruzamentos, onde costumo respeitar demais”, afirmou a maricaense Tatiana Ribeiro.

Apesar da baixa participação das mulheres em acidentes de trânsito, as jovens de 18 a 34 anos são as mais atingidas quando as colisões acontecem. A faixa etária, considerada a população economicamente ativa, concentrou 47% dos pagamentos destinados às vítimas mulheres. O segundo grupo de idade mais afetado é o de 45 a 64 anos (22%).

Na avaliação dos números por estado, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e São Paulo lideram os índices de ocorrências no trânsito com mulheres. Já os últimos lugares são ocupados por Paraíba, Pernambuco e Alagoas, respectivamente.

O superintendente de Operações da Seguradora Líder, Arthur Froes, lembra que, de acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal, a falta de atenção do condutor foi a principal causa das ocorrências. Para ele, o cenário comprova a maior imprudência do homem ao volante.

“As mulheres recebem, em média, apenas ¼ das indenizações. Assim, proporcionalmente, se envolvem menos em acidentes de trânsito. Isso acontece porque costumam estar mais atentas às normas, como o uso do cinto de segurança e da cadeira infantil quando há crianças no veículo. Além disso, também são mais prudentes quanto à legislação, respeitando o limite máximo de velocidade das vias”, afirmou.

O DPVAT é um seguro obrigatório de caráter social que protege os motoristas em casos de acidentes de trânsito, sem apuração da culpa. Ele pode ser destinado a qualquer cidadão acidentado em território nacional, seja motorista, passageiro ou pedestre, e oferece três tipos de coberturas: morte (R$ 13.500), invalidez permanente (até R$ 13.500) e reembolso de despesas médicas e hospitalares da rede privada de saúde (até R$ 2.700). A proteção é assegurada por um período de até 3 anos.

Dos recursos arrecadados pelo seguro obrigatório, 50% vão para a União, sendo 45% para o Sistema Único de Saúde (SUS) para custeio da assistência médico-hospitalar às vítimas de acidentes de trânsito, e 5% são para o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), para investimento em programas de educação e prevenção de acidentes de trânsito. Os outros 50% são direcionados para despesas, reservas e pagamento de indenizações.

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