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RJ-104 sofre com falta de manutenção e buracos criam riscos aos motoristas

Algumas das crateras são sinalizadas com placas

Escrito por Redação | 22 de janeiro de 2018 - 11:37

A Rodovia Amaral Peixoto (RJ-104), que liga São Gonçalo a Niterói, há anos sem obras de manutenção, vai se deteriorando a cada dia que passa. Depois de O SÃO GONÇALO denunciar, por diversas vezes, um grande buraco formado a poucos metros depois do viaduto de Maria Paula, outras duas grandes crateras estão aparecendo na via. Mesmo tendo características diferentes do que aconteceu na BR-040, em Petrópolis, motoristas temem que buracos se alastrem, “engolindo” os veículos.

Um dos novos buracos está localizado em meio a pista, na altura do Alcântara, em São Gonçalo. Mesmo tendo conhecimento do problema, o Departamento de Estradas de Rodagens (DER), responsável pela pista, apenas sinalizou o local com placas para que os motoristas consigam desviar sem que haja um acidente. No entanto, não realizou nenhum tipo de manutenção, mesmo que paliativa, para consertar o buraco.

Para o morador do bairro Coelho, Luciano Ávila, 32 anos, diariamente é um frio na barriga diferente ao passar por Maria Paula.

“Eu passo de ônibus e vejo de um ângulo melhor o buraco. Parece que vamos voar dentro dele. As rodas do carro passam muito perto, assusta, dá medo. Mas é preciso falar que não é só ali que está assim, a pista está uma vergonha”, disse o vendedor.

Segundo o professor de Engenharia Geotécnica da Coppe/UFRJ, Maurício Ehrlich, é extremamente importante que o problema seja diagnosticado de forma rápida, para que possa ser feita a manutenção correta a fim de evitar o avanço do buraco.

“Como eu não estive no local, eu só posso falar sobre hipóteses. Mas o que eu vejo ali pelas fotos que o jornal (O SÃO GONÇALO) me enviou é que este é um problema de erosão causado por fluxo de água subterrânea. Normalmente estas obras são feitas com aterros e são criados bueiros que levam água de um lado para outro da pista. Pode ser que exista vazamento. O que posso afirmar é que se isso não for diagnosticado, vai piorar”, explicou o professor. Contactado para apontar soluções para o caso, o DER limitou-se a dizer que “está esperando a entrada de recursos para atuar nestes trechos da RJ-104”.

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