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Cemitérios estão abandonados

Servidores reclamam da falta de materiais e espaços precisam de manutenção em Niterói e SG

Escrito por Redação | 07 de junho de 2017 - 10:00

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Entre túmulos, gavetas e jazigos perpétuos, o sinal é de abandono. Covas quebradas, mato e muito lixo tomam contam dos principais cemitérios de Niterói e São Gonçalo. A situação é sombria e preocupa quem trabalha no local.

Uma visita rápida ao Cemitério de São Miguel é capaz de assustar até os mais “descrentes”. Covas abertas, caixões aparentes e muito mato compõem o cenário de terror. Segundo funcionários, apenas dois coveiros são responsáveis pelos sepultamentos e ainda ajudam a limpar a área. O resultado é o abandono do espaço.

O mesmo cenário é visto no Cemitério do Pacheco, no bairro de mesmo nome. O mato é tão alto que é impossível acessar as sepulturas. Lixo e restos de caixões estão em toda parte, assim como covas rasas, abertas e quebradas. “Todos os cemitérios da cidade estão com problemas. Não tem investimento nenhum. Nem a camisa para trabalhar, eles nos dão. É difícil cuidar de tudo sem a mão de obra necessária e equipamentos. A capina é feita na mão, mas o espaço é muito grande e, infelizmente, não damos conta”, disse um coveiro.

No Cemitério do Maruí, no Barreto, a situação não é diferente. Apesar da obra de ampliação do espaço, os funcionários revelam que ficou muito difícil trabalhar desde que eles deixaram o vínculo com a secretaria de Saúde e foram integrados à secretaria de Obras.

“Como os cemitérios de São Gonçalo são pequenos e a população é o dobro da nossa, estamos recebendo a demanda de lá. O resultado é o aumento do trabalho. Só que muitos de nossos coveiros estão se aposentando por tempo de serviço e não há novas contratações. As condições de trabalho estão ruins. Assim, como a nossa vizinha São Gonçalo, sofremos com a falta de investimento em pessoal e nos materiais para serviço”, disse um funcionário.

No Cemitério São Lázaro, em Itaipu, a situação é ainda pior. A área está sem qualquer manutenção rodeada de mato, sepulturas envelhecidas e covas abertas. Quem trabalha evita enumerar os problemas. “É só olhar para ver a situação desse lugar. A imagem vale mais do que minhas palavras”, disse um servidor.

Prefeituras minimizam problemas

A assessoria de imprensa da Prefeitura de São Gonçalo informou que a limpeza do Cemitério São Miguel, incluindo o recolhimento dos resíduos, como as urnas, são realizados; os uniformes foram entregues e as luvas e botas estão sendo confeccionadas e serão entregues em até dez dias. A nota diz, ainda, que o governo avalia a necessidade e viabilidade de novas contratações. Sobre o Cemitério do Pacheco, a secretaria municipal de Administração informou que a manutenção é feita regularmente. Equipes da Subsecretaria de Parques e Jardins realizam a poda a cada 15 dias.

Já a assessoria de imprensa da Prefeitura de Niterói informou que a reforma do Maruí já começou a ser executada e os cemitérios de Itaipu e São Francisco passarão por obras a partir do segundo semestre deste ano. Quanto ao material, já está em fase de contrato a compra dos equipamentos de trabalho e uniforme dos funcionários.

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