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Testes clínicos indicam que coquetel de anticorpos da Regeneron são eficazes contra novas cepas do coronavírus

Variante brasileira do vírus ainda está sob estudo

Escrito por Redação | 28 de janeiro de 2021 - 17:09
Estudo afirma que o tratamento pode neutralizar as novas variantes
Estudo afirma que o tratamento pode neutralizar as novas variantes -

A farmacêutica Regeneron publicou novos estudos na última quarta-feira (27) informando que testes com o coquetel de anticorpos monoclonais podem neutralizar as duas novas variantes do coronavírus, encontradas na África do Sul e na Inglaterra, mesmo com as mutações registradas.

A empresa acrescentou que a variante brasileira, encontrada em Manaus, ainda está sob estudo.

O coquetel da Regeneron foi aprovado sob uso emergencial pelo órgão regulador responsável dos Estados Unidos, o FDA (Food and Drug Administration). O tratamento do então presidente Donald Trump, que foi contaminado pela doença em no ano passado, foi feito com o coquetel da Regeneron.

“Como esperávamos, o vírus continua mudando, e esses dados mostram que o REGEN-COV é hábil neutralizando cepas emergentes, validando ainda mais nosso coquetel com múltiplos anticorpos como alternativa de tratamento para doenças infecciosas”, disse o presidente da Regeneron, George Yancopoulos, em nota.

“Com dois anticorpos complementares em um medicamento, ainda que um tenha sua potência reduzida, o risco de o coquetel perder sua eficiência é significativamente menor, pois o vírus precisaria fazer muitas mutações para escapar dos dois anticorpos”, completou.

Foram testados os plasmas convalescente de 20 pacientes que se recuperaram da Covid-19, e também o sangue de 22 pessoas que tomaram as duas doses das vacinas da Pfizer ou da Moderna contra a Covid. Os pesquisadores também testaram o tratamento de apenas um anticorpo monoclonal da farmacêutica americana Eli Lilly and Company.

As mudanças na variante britânica afetaram pouco a imunidade dos pacientes testados que conseguiram se recuperar da Covid-19 e de quem tomou as duas doses das vacinas da Pfizer ou da Moderna. Porém, a mutação sul-africana reduziu a eficácia da resposta imune no plasma convalescente, em ambas as vacinas, em um dos anticorpos que compõe o Regeneron e no anticorpo que compõe o medicamento da Lily, segundo os pesquisadores.

“Se o espalhamento do vírus continuar e mais mutações críticas se acumularem, então estaremos condenados a perseguir as evoluções do SARS-CoV-2 continuamente, como temos feito com o vírus influenza (da gripe)”.

Dessa forma, os pesquisadores afirmam que a vacinação precisa ser feita mais rapidamente em todo mundo e, simultaneamente, as medidas para evitar a disseminação do vírus, como o uso de máscaras, devem ser dobradas.

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