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PM de Itaboraí, preso por morte de jornalista, tinha apoio do tráfico para eleger esposa

O jornalista Léo Pereira, vítima que foi executada as tiros em plena luz do dia, era pré-candidato a vereador

Escrito por Redação | 25 de outubro de 2020 - 14:12
Imagem ilustrativa da imagem PM de Itaboraí, preso por morte de jornalista, tinha apoio do tráfico para eleger esposa

Após investigações da Polícia Civil, informações revelaram que o sargento da Polícia Militar Alan Marques de Oliveira, lotado do 35ºBPM (Itaboraí) e  acusado de ser o mandante do assassinato do pré-candidato a vereador Léo Pinheiro, tinha apoio do tráfico do município de Araruama para eleger sua esposa como vereadora. A mulher, uma cirurgiã-dentista, concorre a vereadora na Câmara Municipal do município pelo DEM.

Segundo investigações, o jornalista Leonardo Pinheiro teria sido morto pelo fato de a  sua candidatura ameaçar a eleição da mulher do sargento Alan, que tem os mesmo bairros onde o jornalista atuava como redutos. De acordo com um depoimento de uma testemunha, não identificada, à 118ª DP (Araruama), antes de ser morto, Léo Pinheiro recebeu ameaças de traficantes da região, alegando que "apenas um pré-candidato poderia atuar no bairro, e o candidato chegado deles seria o de  Alan Marques". A Justiça decretou a prisão do Sargento, que foi capturado neste último sábado (24). 

Léo Pinheiro, era filiado no partido Patriota e administrava a página "A Voz Araruamense" nas redes sociais. O pré-candidato também conquistou popularidade com o projeto social "Casa da Família", no bairro de Bananeiras, em Araruama. O imóvel funcionava com um centro de ajuda social, no qual eram feitos eventos para a comunidade, como distribuição de alimentos. Testemunhas afirmam à polícia que a casa havia sido cedida a Pinheiro por traficantes da região e teria sido tomado de volta devido ao apoio dos mesmo a candidatura de Beth Alan Marques.

No dia do homicídio, Pinheiro realizava uma entrevista no bairro Parati, para a página que mantinha na internet quando Marques e seu amigo Guimarães, conhecido como 'Keikei', que também foi preso, chegaram ao local,segundo testemunhas. Kekei saltou do veículo, obrigou que o repórter ajoelhasse e o executou. Em seguida a dupla fugiu. O relato foi feito por testemunhas oculares do assassinato. Neste sábado, os agentes apreenderam duas armas, dois carros e um jetski, que foram encontrados nas casas dos presos.

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