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"Não fui estuprada", disse professora momentos antes de morrer

Vítima foi surpreendida por um criminoso no interior de sua residência

Escrito por Redação | 27 de setembro de 2019 - 10:08

Por Alan Emiliano

Eram por volta de 20h da última segunda-feira (23), quando a cabeleireira Ângela Nunes recebeu uma ligação de sua irmã, a educadora infantil Angélica Lima, de 42 anos. Do outro lado da linha, os gritos de desespero e o pedido de ajuda de quem havia acabado de ser torturada dentro da própria casa no Rio do Ouro, em São Gonçalo. Assustada e trêmula, ela entrou no carro junto do marido e da filha e foi até a residência localizada na Rua Manoel Gonçalves Montes, nº 81, onde encontrou um cenário de terror com sangue e a irmã estirada no chão da sala de estar. 

"Ela ligou aqui para nossa casa com uma voz muito diferente e achamos que seria trote, mas o meu marido reconheceu e fomos correndo para a casa dela. Quando chegamos lá, vimos aquela imagem que não saí da minha cabeça, minha irmã toda ensaguentada, um verdadeiro filme de terror. Não to conseguindo reagir, é o sentimento mais triste da minha vida. Meus filhos eram muito colados com ela, todos estamos muito abalados", disse a irmã da vítima, Ângela Nunes. 

As últimas palavras de Angélica teriam sido feitas no interior do veículo da irmã a caminho do Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê. 

"Eu não fui estuprada, era apenas um homem. Era apenas um homem", disse Angélica. 

Segundo testemunhas, a vítima teria chegado em casa, por volta das 20h, e sido surpreendida com a presença do criminoso. Assustada, teria realizado pedidos de socorro que foram abafados pela cantoria de um culto evangélico realizado em frente a sua residência na Rua Manoel Gonçalves Montes, no Rio do Ouro. A vítima foi agredida com socos, puxões de cabelo, tesouradas e golpes com um ferro de passar roupa. Além disso, um fio foi utilizado pelo homem para tentar enforcar a educadora infantil, que ainda tentou entrar em luta corporal com o assassino. 

Mesmo com ferimentos espalhados por todo o corpo e com muitas dificuldades na fala, Angélica conseguiu pegar o telefone fixo de sua residência e entrado em contato com a irmã para pedir socorro. 

Angélica era educadora infantil de uma creche particular localizada em Icaraí, na Zona Sul de Niterói.

Investigação - Agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) realizaram diligências nos últimos dias e recolheram imagens de câmeras de seguranças de estabelecimentos próximos ao local do crime. A Polícia Civil busca informações que possam ajudar a identificar o criminoso.

Uma perícia realizada no local do crime mostra que a casa não tinha sinais de arrombamento, o que mostra, a principio, que o homem já estava no interior da residência quando Angélica chegou do trabalho. 

O computador da vítima, além de materiais utilizados pelo criminoso como uma tesoura e um ferro de passar roupa, foram apreendidos pela polícia, que irá analisar os objetos. 

Ainda não há informações sobre a identificação do suspeito e a motivação do crime. 

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