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Passageiros relatam momentos de terror dentro do ônibus

Um dos reféns fez cartaz para comunicar-se com os policiais

Escrito por Redação | 20 de agosto de 2019 - 18:35

Por Rafaela Batista*

Passageiros que estavam no ônibus da viação Galo Branco, sentido Rio, sofreram momentos de terror na manhã desta terça-feira (20), quando Willian Augusto da Silva, de 20 anos, entrou anunciando um sequestro na altura do vão central na Ponte Rio-Niterói. 

Uma equipe de reportagem de O SÃO GONÇALO conversou com algumas das pessoas que viveram a triste experiência na tarde dessa terça-feira. Segundos alguns passageiros que estava no ônibus, o sequestrador alegava que 'queria fazer história' e chegou a relembrar o caso que aconteceu no ano 2000, quando um homem também fez os passageiro da linha 174 como reféns na Gávea, Zona Sul do.  

“Ele dizia que queria fazer história, que nós teríamos história para contar! Ele contava que queria parar o estado também, mas, que não tinha a intenção de nos machucar”, contou uma das vítimas. De acordo um dos reféns, Willian teria pedido para uma das passageiras amarrar os potes com gasolina no teto do ônibus e logo em seguida, amarrar as mãos de cada passageiro, fazendo com que eles ficassem impossibilitados de reagir.

O rapaz levou consigo o barbante, os potes e a gasolinas, mas, pegou o isqueiro de um dos passageiros e em alguns momento acendia para assustá-los enquanto fazia piadas do que estava acontecendo. "Ele acompanhava tudo pelo celular e fazia piadas, dava risadas e acendia o isqueiro para nos assustar".

Willian subiu no ônibus na ilha do mocanguê e os passageiros só se deram conta do que estava acontecendo, quando o motorista apagou as luzes internas do veículo. De início, os reféns chegaram a pensar que eram assalto, mas, Willian disse que não iria assaltar ninguém. “Ele anunciou o sequestro, mas, disse que poderíamos usar o celular!”, contou um dos reféns. 

Tentando avisar os policiais que estavam na ponte, uma das vítimas, o professor Hans Miller, conta que quebrou a sua caneta para escrever no vidro do ônibus quantos sequestradores tinham no ônibus e logo em seguida, ele escreveu os cartazes: “Ele está sentado na fileira” e “Ele está em pé na frente”, informando o que estava acontecendo e colocou no vidro do ônibus. 

“O rapaz mandou fecharmos as cortinas, mas, eu consegui escrever os cartazes para avisarmos os policiais o que estava acontecendo”, contou Hans. Todas as vítimas foram levadas para a Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DGNISG), no qual prestaram depoimentos e receberam atendimento do psicólogo da especializada. 

Estagiária sob supervisão de Sérgio Soares*

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