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Polícia faz ação de busca e apreensão na casa da pastora Flordelis

Agentes estão colhendo celulares e computadores

Escrito por Redação | 18 de junho de 2019 - 18:06

Por Thuany Dossares e Alan Emiliano

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público entrou no caso do assassinato do pastor Anderson do Carmo de Souza, de 42 anos, para auxiliar a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) nas investigações.

Durante a manhã de ontem, o promotor Sérgio Luis Lopes Pereira foi até a sede da especializada para conversar com a delegada Barbara Lomba, diretora da DH. Segundo Sérgio Luis, o apoio do GAECO foi solicitado por uma outra promotora que atua em Niterói.

Após o encontro entre as autoridades, equipes da DH foram até a casa onde a vítima morava com a esposa, a deputada federal Flordelis (PSD) e os filhos, no Badu, na Região de Pendotiba, em Niterói, para realizar diligências. Os agentes buscavam o celular de Anderson, que não foi encontrado, e apreenderam os celulares de todos os filhos do casal maiores de idade, além de aparelhos eletrônicos.

De acordo com fontes da Polícia Civil, foi pedido o smartphone do pastor à deputada federal logo após o crime, mas a parlamentar não entregou o aparelho aos policiais, alegando que havia sumido.

Depois de saírem da residência da família, os policiais também realizaram diligências na Igreja Cidade do Fogo, no Mutondo, em São Gonçalo, onde Anderson era líder religioso.

Segundo Barbara Lomba, até o momento, sete pessoas já prestaram depoimento na Divisão de Homicídios a respeito do caso. A principal suspeita da DH é que o crime tenha sido cometido por pelo menos dois dos 55 filhos do casal. Anderson foi executado com 15 tiros de pistola calibre 9mm na garagem de casa.

No domingo, Lucas dos Santos, de 18 anos, já havia sido preso. Os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão, pendente desde quando ele era menor e havia sido apreendido por envolvimento com o tráfico da comunidade da Cocada, próximo a casa da família. O rapaz havia sido beneficiado com a progressão de regime para cumprir a medida em casa, mas deixou de voltar à Justiça para assinar sua liberdade.

Já Flávio dos Santos Rodrigues foi preso logo após o enterro de Anderson do Carmo, ainda dentro do cemitério. Ele dirigia o carro onde estavam Flordelis e a mãe do pastor, quando agentes a paisana pediram para ele sair do veículo e os acompanhar até a viatura descaracterizada. Contra o filho legítimo da pastora, foi cumprido um mandado de prisão por violência doméstica.

Na manhã de ontem, Flávio passou mal na carceragem da Divisão de Homicídios e uma equipe médica da Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi até a delegacia para atendê-lo.

Celular de pastor que foi executado está sumido

Durante a tarde de ontem, agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) estiveram, na casa de Flordelis, em Pendotiba, para realizarem um mandado de busca e apreensão, que possuía o objetivo principal de encontrar o aparelho celular do pastor Anderson, que não foi encontrado. Na ação, foram apreendidos aparelhos eletrônicos e celulares de todos os maiores de idade da residência.

De acordo com a polícia, a parlamentar afirmou que o aparelho havia sumido após o assassinato de Anderson, na madrugada do último domingo. Diante do fato, a Polícia Civil pediu a quebra do sigilo telefônico do pastor Anderson, que pode ajudar na investigação do crime.

Durante a ação, a equipe da DH foi desmembrada em duas frentes, sendo que uma delas, comandada pela delegada Bárbara Lomba, permaneceu na residência do casal, em Pendotiba, e a outra, sendo regida pelo delegado Gabriel Poyava, foi até a sede da Comunidade Evangélica Ministério Flordelis-Cidade do Fogo, no Galo Branco.

Em meados da tarde de ontem, o delegado Gabriel Poyava chegou à especializada com dois envelopes, acompanhado de um agente e apenas disse que a titular da DH iria prestar maiores esclarecimentos. Até o fim da tarde, ela não havia retornado das buscas na casa da parlamentar.

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