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Familiares de vítima de assassinato pedem justiça em São Gonçalo

Temor é que o criminoso responde pelo crime em liberdade

Escrito por Redação | 14 de novembro de 2018 - 07:13

Por Renata Sena

Cerca de 15 dias depois de perder o motorista e encarregado de obras Renan Rosa Espíndola, de 33 anos, assassinado de forma brutal com cerca de oito facadas, no Rio do Ouro, em São Gonçalo, a família do jovem ainda precisa conviver com outro tipo de sofrimento: o medo da liberdade.

Isso porque familiares acreditam que o acusado do crime, Fábio da Silva Araújo, preso por um mandado de prisão temporária no último dia seis, ainda pode responder pelo caso em liberdade.

“O assassino se apresentou na polícia, junto com um advogado, depois do período do flagrante, e como estava em semana eleitoral, ele não ficou preso. Dias depois, quando já era considerado foragido da justiça, ele se apresentou e ficou preso. Mas ouvimos que ‘como ele contribuiu com a justiça, as leis o protegiam e ele poderá responder o processo em liberdade”, contou um familiar de Renan. Atualmente, Fábio, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, está numa unidade prisional do Rio de Janeiro. Ele foi autuado por homicídio com prisão temporária de trinta dias, podendo ser prorrogada.

Assassinato – Renan seguia para o chá de bebê da irmã, quando resolveu parar numa lanchonete do bairro onde nasceu e cresceu. No local, houve uma discussão entre ele e seu algoz. Segundo amigos e testemunhas do caso, Renan resolveu ir embora, dizendo que o clima não estava bom, mas na saída, encontrou Fabio, acompanhado de outro homem dentro de um veículo.

“Quando meu irmão saiu, o Fábio tentou jogar o carro em cima dele. Como não conseguiu, ele desceu e desferiu uma facada contra meu irmão. O Renan correu e voltou para lanchonete, mas, pelas costas, o homem desfere mais oito golpes nele. Meu irmão morreu no local”, contou Susan Kelly Espíndola, irmã da vítima.

Conforme as testemunhas, enquanto agonizava, a vítima chamava pela filha, de somente quatro aninhos. Renan era casado, trabalhava em dois empregos e deixou uma filha.

“Todos que o conheciam viam como ele era um homem carismático, com sorriso fácil. Um homem trabalhador, amado pelos amigos, vivia cercado pelos familiares. Uma pessoa do bem”, contou um familiar.

Imagem – Câmeras de segurança do estabelecimento flagraram o momento em que Renan é assassinado. Nas imagens, é possível ver o assassino desferindo os golpes, enquanto os amigos da vítima tentavam impedir o crime.

“Clamamos por ajuda, pois hoje, além do sofrimento em lidar com este vazio que meu irmão, tão amado nos deixou, ainda temos que engolir o desserviço que são as leis penais em nosso país, que beneficia bandido e abandona as vítimas desta tragédia, já que existem chances substancias do assassino responder em liberdade, enquanto nós estamos presos em nossas emoções.”, finalizou a irmã da vítima.

Renan foi sepultado no dia 22 de outubro no Cemitério de Morro Grande, em Araruama, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.

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