Violência ao redor da UFF, em Niterói, causa medo nos estudantes
Na última semana, uma jovem foi violentada
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Redação
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14 de maio de 2018 - 08:52
Por Daniela Scaffo
Alunos da Universidade Federal Fluminense (UFF) estão tomando precauções para evitar serem vítimas de violência ao redor dos campi que ficam em Niterói. Na última semana, dois casos acenderam a luz de alerta: uma república onde moram cinco estudantes da faculdade foi invadida e roubada, e uma jovem, de 22 anos, foi violentada às margens da Baía de Guanabara, próximo à Praça Juscelino Kubitschek, no Centro da cidade, quando saía de um bar na Cantareira.
Viviane de Azevedo Magalhães, de 25 anos, que é estudante do sexto período de Arquivologia, e faz parte do Coletivo de Mulheres da UFF - feministas que se organizam para a discussão contra a violência às mulheres e o machismo - participou de uma reunião para buscar um posicionamento das autoridades sobre os casos de violência que vêm ocorrendo na região.
Ela contou que a proposta da reunião se deu por conta do caso da jovem que foi estuprada, no último dia 26. A vítima foi abordada quando saía de um bar na Cantareira, em São Domingos, por um homem que se irritou após a jovem informá-lo sobre sua orientação sexual.
"Nós mulheres, somos as que mais sofremos com isso, porém essa violência não se resume somente a nós não, os LGBTs em geral passam por essa mesma vulnerabilidade. Também estamos nos movimentando para fazer o recolhimento dos dados e posteriormente apresentá-los, não somente para os órgãos competentes, como para toda a população”, disse Viviane.
A estudante tem aulas no campus do Gragoatá - que fica próximo do bar onde a jovem violentada foi abordada pelos rapazes. Porém, ela também precisa fazer deslocamentos para o Instituto de Arte e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense, que fica na Rua Professora Lara Vilela, em São Domingos, conhecida como ‘Rua do Perdeu’, devido a quantidade de assaltos na localidade.
Outra rua que é conhecida dessa forma é a Professor Hernani Melo. Na via, estão o Instituto Biomédico da UFF, que tem aproximadamente 2,8 mil alunos, e o Núcleo de Ciências do Poder Judiciário da Universidade. No portão do Instituto, alunos pintaram um alerta: ‘Cuidado! Assaltos.”
O diretor do Instituto, Otílio Bastos, contou que o patrulhamento da Polícia Militar na região acontece apenas quando algo mais grave ocorre ao redor do campus.
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