DH tem dois suspeitos por morte de pastor

Policiais da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) identificaram dois traficantes do bairro Santo Antonio, em Itaboraí, como possíveis autores dos disparos que executaram o pastor evangélico e guarda municipal Custódio Gonçalves, 57, conhecido também como Tody, na noite de domingo, no mesmo bairro.

Os agentes chegaram até os bandidos após o depoimento do cunhado da vítima, que é suspeito de ter envolvimento com o crime. De acordo com as investigações, o assassinato pode ter sido motivado pela suspeita de que Custódio teria abusado sexualmente do sobrinho, de apenas três anos, que é filho do cunhado.

“Ele nega que tenha sido mandante da morte do pastor e tem até um alibí para comprovar que estava numa outra igreja no momento em que o crime aconteceu. Mas, assume que comentou o caso com traficantes da região que não teriam gostado da história e na segunda-feira fomos até as casas desses criminosos para deixar uma intimação para eles comparecerem à delegacia. Então já temos dois suspeitos, dois possíveis autores dos disparos”, contou o diretor da especializada, delegado Fábio Barucke.

Em depoimento, o cunhado - que já havia sido preso por suspeita de matar a própria esposa e absolvido em fevereiro - chegou a admitir que queria ver o mal de Custódio, mas não queria ele morto.

“O cunhado diz que queria que o pastor fosse preso e que sofresse na cadeia, não que ele morresse. Por já ter sido preso antes também, ele sabe o que acontece com estupradores, a forma como esses criminosos são tratados e desejava isso para o Custódio. Ele também contou que conheceu diversos traficantes na cadeia”, narrou Barucke.

Após ser ouvido na DH, ele acabou sendo liberado mas ainda é suspeito de envolvimento na morte do guarda municipal de Itaboraí.

De acordo com a polícia, foi comprovado que o menino realmente sofreu violência sexual. Um exame foi feito para coletar sêmen no corpo da criança, e agora a polícia aguarda o resultado. Ainda segundo as investigações, o menino teria contado uma versão que comprometeria o pastor morto.

No entanto, ainda não foi comprovado que a vítima foi realmente a responsável pelo abuso sexual.