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Agressor é condenado e empresária transforma dor em luta contra violência; vídeo

Caso foi relatado com exclusividade por O SÃO GONÇALO

relogio min de leitura | Escrito por Renata Sena | 02 de outubro de 2025 - 20:25
Fernanda Alves hoje encoraja outras mulheres a denunciarem situações de violência
Fernanda Alves hoje encoraja outras mulheres a denunciarem situações de violência -

O caso de importunação sexual sofrido pela empresária Fernanda Marques da Silva Alves, de 44 anos, relatado com exclusividade pela equipe de O São Gonçalo, em maio de 2024, chegou a uma nova etapa. O agressor, um comerciante da Zona Norte de Niterói que era conhecido da vítima, foi condenado pelo crime cometido. A decisão representa não apenas um desfecho judicial, mas também um marco pessoal para Fernanda, que transformou a dor em luta e passou a encorajar outras mulheres a denunciarem situações de violência.

Fernanda, casada há 19 anos, mãe de duas meninas e evangélica, contou que sua vida mudou completamente após o episódio. O abuso ocorreu há quase dois anos, quando ela foi surpreendida pelo comerciante, proprietário de uma loja de açaí frequentada por sua família, que passou a mão em suas nádegas sem consentimento.

“Ele foi condenado a um ano e dez meses e isso é uma vitória, não só para mim, mas para todas as mulheres. Quando a gente denuncia e a justiça condena, fica claro para esses abusadores que eles não podem mais agir como se nada fosse acontecer a eles.”


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O choque inicial fez Fernanda esconder o episódio por dez meses. Nesse período, ela carregou sentimentos de culpa e medo, acreditando que poderia ser responsabilizada pelo que aconteceu. A lembrança do crime se tornou ainda mais difícil de apagar quando recebeu mensagens do agressor em seu celular, o que confirmou a violência sofrida.

Imagem ilustrativa da imagem Agressor é condenado e empresária transforma dor em luta contra violência; vídeo

“Foi um período difícil, mas que me deu força para lutar. Denunciar é quebrar ciclos e impedir que o mesmo agressor que fez com você faça com outras mulheres. Presenciar a condenação dele, mesmo que a pena não o leve efetivamente para a cadeia, é uma reparação de tudo que eu sofri. É um crime banalizado pela sociedade e um crime que muitos não denunciam. Mas quando a gente começa a falar, a gente troca de lugar com o abusador. Porque no silêncio, a gente vive com a culpa e com a vergonha, mas quando a gente fala, isso muda, e a gente consegue perceber que não temos culpa pela ação de ninguém”, desabafou.

Inspirada pelo próprio processo de superação, Fernanda criou o projeto “Hora de Falar”, uma página no Instagram (@horadefalaroficial) que reúne relatos e promove apoio a vítimas de violência, com o objetivo de oferecer voz e acolhimento para mulheres que ainda vivem em silêncio. A empresária também entrou na faculdade de Serviço Social e espera usar o conhecimento para ajudar e acolher essas vítimas.

Assista a reportagem audiovisual abaixo:


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