Após “luto forçado” por parte do tráfico, lojistas reabrem, mas tensão persiste no Mutuá
A morte de "G da Força", apontado como líder do tráfico no bairro, resultou em uma ordem de fechamento dos comércios locais

Na manhã desta segunda-feira (4), três dias após a morte de George Vieira Sotelo, conhecido como G da Força, chefe do tráfico do Mutuá morto durante operação da Polícia Civil, comerciantes, ainda que receosos, começaram a retomar a normalidade após ordem de fechamento em um "luto forçado".

Desde sábado (2), comerciantes e moradores do bairro precisaram lidar com portas abaixadas, ruas praticamente desertas e clima de medo após a ordem de traficantes que impuseram um 'luto forçado' em memória do traficante.
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Porém, nesta segunda-feira (4), ainda que alguns comércios e escolas resolvessem manter suas portas fechadas pelo medo de retaliações, muitos comerciantes abriram as portas de seus estabelecimentos e iniciaram a retomada da "vida normal".

Circulam nas redes sociais supostos comunicados atribuídos à facção Comando Vermelho, onde ficou determinado o fechamento total do comércio local por sete dias. O texto ainda estabelecia que nenhum estabelecimento poderia funcionar durante o período de luto do criminoso apontado como líder do tráfico no Mutuá e Boaçu desde 2013.
A morte de "G da Força" ocorreu na tarde da última sexta-feira (1), durante uma operação da 72ª Delegacia Policial (Mutuá). De acordo com informações da Polícia Civil, o criminoso foi localizado em um comboio de motos, acompanhado de cinco homens fortemente armados que atuavam como sua escolta pessoal.

Além de "G da Força", dois de seus seguranças foram mortos e outros três homens acabaram presos, dois deles feridos. A ação foi resultado de um trabalho de inteligência, investigação e monitoramento conduzido pelos agentes da delegacia local.
