Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,1937 | Euro R$ 5,5292
Search

Gonçalense que procura filha há 15 anos será ouvida na DH

MP pediu à polícia novas investigações sobre o paradeiro de Viviane Machado. O filho dela, que também estava desaparecido, foi achado há um mês e meio pela avó; Maria Salvadora Machado será ouvida nesta terça (4)

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 03 de julho de 2023 - 16:44
Segundo a dona de casa Maria Salvadora, mãe da vítima, investigadores da DHNSGI informaram que, "a partir de agora, o caso vai ficar com eles"
Segundo a dona de casa Maria Salvadora, mãe da vítima, investigadores da DHNSGI informaram que, "a partir de agora, o caso vai ficar com eles" -

Após o pedido do Ministério Público do Estado (MPRJ) para que a Polícia Civil faça novas investigações sobre o paradeiro da cuidadora Viviane Machado Modesto da Silva, agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) entraram em contato com familiares da vítima para que eles prestem depoimento na sede da especializada nesta terça-feira (4).

Segundo a dona de casa Maria Salvadora, mãe da vítima, investigadores da DHNSGI informaram que, "a partir de agora, o caso vai ficar com eles."

Ela conta que procurou a DHNSGI há 5 anos, mas sem sucesso. "Um investigador respondeu: 'Senhora Maria, seu inquérito está na delegacia de Búzios. Toda nova informação deve ser encaminhada à delegacia competente'. Em seguida ele repassou os telefones e e-mail da distrital".

"Eu tinha o número do processo, tinha informações e mandaram isso para mim. Nunca me ouviram", disse.


Leia Mais

➣ Gonçalense procura filha desaparecida há quase 15 anos

➣ Homem que matou companheira grávida tem prisão preventiva decretada

➣ Quadrilha aplica golpe em agência bancária de Niterói


Viviane desapareceu em 2008 com o filho, na época com seis meses de vida. O filho de Viviane, hoje com 16 anos, foi reencontrado há pouco mais de um mês pela avó, sem a ajuda de investigadores

Viviane desapareceu em 2008 com o filho, na época com seis meses de vida
Viviane desapareceu em 2008 com o filho, na época com seis meses de vida |  Foto: Reprodução/G1
 

Logo após o sumiço, Maria Salvadora, de 60 anos, registrou o caso na Delegacia de Atendimento à Mulher de São Gonçalo. Em 2015, o caso foi arquivado pela Justiça do RJ por um pedido do MPRJ.

A partir daí, Maria Salvadora passou a investigar o caso por conta própria. Em 2018, ao receber novas informações, a idosa tentou registrar o caso na DHNSGI, que repassou a investigação para a 127ª DP (Búzios).

O objetivo do novo pedido de investigação feito pelo MPRJ é esclarecer se Viviane foi sequestrada e mantida em cárcere ou assassinada.

O ex-marido de Viviane nunca foi questionado pela Polícia Civil, mesmo após diversas denúncias de comportamento abusivo antes do desaparecimento da ex-mulher.

Maria Salvadora Silva Machado registrou diversos boletins de ocorrência em várias delegacias ao longo dos quase 16 anos. Ela esteve na Delegacia de Defesa da Mulher (Deam) de São Gonçalo, na própria DHNSGI, na 127ª DP (Búzios) e na 159ª DP (Cachoeira de Macacu). No entanto, segundo ela, o caso nunca foi à frente.

Na última sexta-feira (30), Maria disse ter sido procurada por agentes da Polícia Civil para que preste um novo depoimento.

"Eles falaram: 'Vamos pegar e dar andamento nesse caso aqui na Delegacia de Homicídios. Vamos resolver isso para a senhora'. Mas, nesses anos todos em que a minha filha está desaparecida, eu sempre estive lá e eles nunca fizeram questão de me atender. Agora que a história veio à tona eles decidem resolver?", diz a idosa.

"Eles tinham que me atender quando eu estive lá [pela primeira vez] pra pedir ajuda e ninguém fez nada por mim. Eu vou lá ver qual é a desculpa."

Na última semana, por meio de uma nota, a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que um registro, desta vez de desaparecimento, foi feito em 2018 na DHNSG e que, por conta de informações fornecidas pela mãe da desaparecida, o inquérito foi enviado para a 127ª DP (Armação dos Búzios).

Nesta segunda-feira (3), o portal g1 questionou à Polícia Civil sobre o motivo de o caso ter retornado à DHNSG cinco anos após Maria ter procurado à especializada. A corporação respondeu se tratar de uma "estratégia investigativa."

Matérias Relacionadas