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Gleisi Hoffmann defende cassação de Eduardo Bolsonaro: "Não tem o direito de continuar como deputado"

Deputado se tornou alvo de um inquérito, no Supremo Tribunal Federal (STF), por uma tentativa de influenciar processos contra o pai por meio das sanções econômicas de Trump ao Brasil

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 29 de julho de 2025 - 18:23
A ministra-chefe das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a cassação do mandado de Eduardo Bolsonaro
A ministra-chefe das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a cassação do mandado de Eduardo Bolsonaro -

A ministra-chefe das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a cassação do mandado do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) durante uma declaração feita a imprensa no Palácio do Itamaraty, nesta terça-feira (29). Durante a fala, Gleisi afirmou que Eduardo é um "traíra" que lesa a pátria. 

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro está morando nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano. No país, Eduardo tem se reunido com representantes do governo americano e é apontado como um dos pilares para a decisão do presidente Donald Trump sobre a taxação de exportações brasileiras aos EUA. 

Eduardo se tornou alvo de um inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) por uma tentativa de influenciar processos contra o pai por meio das sanções econômicas contra o Brasil. 


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Para a ministra, que é responsável pela articulação política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Eduardo Bolsonaro tem trabalhado para prejudicar o Brasil por meio das medidas de Trump. 

"Esse é um traíra. [Ele] comete crime de lesa-pátria. Não tem o direito de continuar deputado pelo Brasil. Com certeza, eu espero que o Congresso Nacional e a Câmara dos Deputados tomem medidas para que esse traíra não possa representar mais nenhuma instituição brasileira", disse Gleisi.

Ao deixar o país rumo os EUA, Eduardo pediu um afastamento do mandato parlamentar, mas a licença se encerrou nesse mês. O deputado tem dito a aliados que não renunciará. Pelas regras da Câmara, se ele não retornar ao país para registrar presença em sessões deliberativas, Eduardo Bolsonaro passará a ter ausências contabilizadas, o que eventualmente pode levar à perda do mandato por baixa frequência na Casa.

Em publicações e transmissões ao vivo nas redes sociais, Eduardo tem repetido que está "mandando recados" a autoridades brasileiras e que Donald Trump só irá recuar em relação ao tarifaço caso ocorra o perdão aos condenados pelos ataques do dia 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram e vandalizaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.

"Soltem os presos políticos (anistia ampla, geral e irrestrita) que isso [tarifas] começa a acabar. Simples", escreveu o deputado, que admitiu ter participado de reuniões com americanos sobre o tarifaço.

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