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Lei das sacolas plásticas começa a entrar em vigor

Hiper e Supermercados já devem efetuar a troca das bolsas

Escrito por Redação | 27 de junho de 2019 - 08:27

Começou a valer, ontem (26), a Lei das Sacolas, que determina que os supermercados do Rio de Janeiro deverão oferecer sacolas confeccionadas com materiais recicláveis ou biodegradáveis. As pequenas e micro empresas, com faturamento de até R$ 3,6 milhões/ano, terão até o dia 26 de dezembro para se adaptar a regra.

Segundo a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), pelo menos 1,5 mil supermercados do Estado do Rio deixarão de utilizar as sacolas brancas convencionais. Atualmente, o Rio consome 4 bilhões de sacolas plásticas por ano.

“Desde os anos 2000, o mundo já produziu a mesma quantidade de plástico que em todos os anos anteriores somados. O primeiro plástico produzido ainda está no meio ambiente, e quanto a isso, não há muito o que fazer. Mas podemos mudar daqui para a frente. Mudar nosso comportamento para o adotar o mínimo consumo de plástico possível. E se precisamos de um novo comportamento, talvez a gente precise usar novas palavras”, afirma Fábio Queiróz, presidente da Asserj. A associação, inclusive, lançou a campanha ‘Desplastifique já’.

As sacolas biodegradáveis possuem, no mínimo, 51% de recursos renováveis, como a cana-de-açúcar, com resistência de 4kg, 7kg ou 10kg, e que suportarão de 20 a 50 idas ao supermercado. Já para a produção das tradicionais são consumidos petróleo ou gás natural (ambos recursos naturais não-renováveis), água e energia, e liberados efluentes (rejeitos líquidos) e emissões de gases tóxicos e do efeito estufa.

Com a lei, como forma de desincentivar o consumo, os supermercados passaram a cobrar pela sacola biodegradável, a preço de custo de R$ 0,08. No entanto, cada consumidor pode receber gratuitamente duas sacolas feitas com o material mais sustentável.

O estabelecimento que descumprir a nova regra estará sujeito a multa de até R$ 34 mil.

A ideia é que os consumidores utilizem as sacolas que agridem menos o ambiente e se pareçam com as convencionais por tempo determinado, ou seja, a medida não é definitiva. O objetivo é que apenas o modelo de sacolas do tipo reciclável fique à disposição dos consumidores.

Os consumidores aprovaram a nova sacola biodegradável. Esse foi o caso do aposentado Delcir dos Santos, de 66 anos. Ele, que pagou R$0,08 por cada sacola, disse não se incomodar com o valor simbólico.

“Para a natureza, essa medida é muito importante. Eu ganhei duas sacolas gratuitas e paguei R$0,08 em cada uma das outras que precisei, mas isso não me incomoda. Com toda certeza, a natureza agradece por isso”, disse.

A vendedora Camila Ferreira, 31 preferiu adquirir a sacola do tipo reciclável que é vendida nos supermercados. Ela explicou que chegou a se informar melhor sobre a lei no caixa ontem, após fazer compras.

“Agora a gente tem que adquirir essas sacolas prontas e, de início a gente fica impactado, mas para o meio ambiente, se é necessário, a gente faz esse esforço. A mudança traz muito transtorno no início, mas no futuro vai ser muito bom para o meio ambiente”, contou.

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