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Caso Rhuan: Ato pacífico marca início de julgamento de PM denunciado pela morte de jovem

Rhuan Rodrigues, de 20 anos, foi morto em agosto do ano passado após ser baleado por policiais do 7º BPM; A primeira audiência do caso acontece nesta segunda-feira (2)

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 02 de junho de 2025 - 09:16
O ato acontece nesta segunda-feira (2) em frente ao Fórum Patrícia Acioli, no bairro Colubandê
O ato acontece nesta segunda-feira (2) em frente ao Fórum Patrícia Acioli, no bairro Colubandê -

Familiares, amigos e movimentos sociais realizam nesta segunda-feira (2), às 13h, um ato pacífico em busca de justiça pela morte do empresário Rhuan Rodrigues Pereira, de 20 anos, baleado com quatro tiros de fuzil por policiais do 7º BPM durante uma abordagem, em agosto do ano passado, nas proximidades da comunidade do Salgueiro. 

O ato acontece em frente ao Fórum Patrícia Acioli, no bairro Colubandê, em São Gonçalo, onde será realizada, nesta segunda (2), a primeira audiência do caso, onde um tenente da PM foi denunciado  à Justiça pelo Ministério Público do Rio pela morte do jovem gonçalense. 

O protesto, que também contará com a presença de parentes do adolescente João Pedro, assassinado aos 14 anos em 2020, dentro de casa, também em operação policial em São Gonçalo, busca mobilizar a sociedade para garantir que o caso não seja esquecido e que os responsáveis sejam julgados e punidos. O assassinato de Rhuan se soma a uma série de outras mortes causadas por ações letais de agentes do Estado no município.

"Estaremos lá pedindo por justiça, fazendo as pessoas lembrarem do caso, do meu filho. Estou ansiosa por esse dia, porque só quem perde um filho sabe, foram quase 10 meses de muita luta, muito choro, e saber que chegou o primeiro julgamento traz um misto de emoções. Ficarei muito agradecida a todos que puderem estar lá conosco", disse Fernanda Rodrigues, mãe do jovem Rhuan. 


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Denúncia do MPRJ 

Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o tenente Marcos Gabriel Silva Mendes, lotado no 7º BPM [acusado pela morte de Rhuan] agiu por motivo torpe e pelo uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Ainda de acordo com a promotoria, o policial agiu com desprezo pela vida humana, motivado por mera suspeita de que os ocupantes do veículo pudessem ser criminosos. Os promotores também salientaram que os PMs do 7º BPM estavam com a viatura toda apagada, dificultando que a vítima percebesse a abordagem.

Os disparos atingiram a vítima pelas costas, perfurando o fígado e intestino, e causando sua morte no dia seguinte, após cirurgia de emergência.

A Polícia Militar alegou ter havido um confronto e que o policial teria agido em legítima defesa. 

Rhuan Rodrigues Pereira, de 20 anos, foi morto em agosto do ano passado
Rhuan Rodrigues Pereira, de 20 anos, foi morto em agosto do ano passado |  Foto: Reprodução

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