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Reitor da IFRJ visita campus São Gonçalo para dar início a expansão; unidade pode passar a atender até 3 mil alunos

Inauguração de novo prédio da unidade deve acontecer no final deste ano

relogio min de leitura | Escrito por Felipe Galeno | 30 de março de 2024 - 08:26
Obras começam em abril e têm previsão de nove meses
Obras começam em abril e têm previsão de nove meses -

O reitor do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Rafael Almada, esteve no campus São Gonçalo do Instituto, em Neves, nesta quarta-feira (27) para acertar os últimos detalhes para o início das obras de expansão da unidade, previstas para começar em abril. Um antigo Ciep, no mesmo espaço, passará a receber aulas do Instituto; com a mudança, a unidade SG pode passar a atender até 3 mil alunos.

Em conversa com OSG, Almada explicou que o projeto é usar os investimentos anunciados pelo Presidente Lula (PT), através do Programa de Aceleração do Crescimento, para reforçar a capacidade do campus gonçalense de atender a comunidade local. "A ideia é que a gente fortaleça São Gonçalo com esse prédio,  tendo mais estudantes e sendo um campus que atende mais gente", destacou Rafael. Dois milhões de reais devem ser investidos no projeto.

Em visita à SG, reitor do IF no estado comentou expansão da unidade
Em visita à SG, reitor do IF no estado comentou expansão da unidade |  Foto: Layla Mussi

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As obras devem durar nove meses e a inauguração está prevista para o final deste ano. O espaço utilizado será o do CIEP 437 Chanceller Willy Brandt, que já pertence ao Instituto desde 2017, mas que já não é usado há alguns anos. O edifício, do Governo Estadual, esteve cedido a Prefeitura de São Gonçalo por alguns anos, mas estava abandonado quando o IFRJ assumiu. A diretora-geral do campus SG, Gleyce Figueiredo, conta que o acordo para ceder o prédio a unidade se completou justo em um ano de crise financeira para o Instituto. 

"Em 2012, a gente inciou a negociação com a Prefeitura e com o Governo do Estado, e só em 2017 é que a gente conseguiu essa cessão. Só que 2017 foi o ano em que entrou em vigência a emenda 95, que implementou o teto de gastos. Então foi um ano em que a gente não recebeu nenhum recurso para iniciar a obra", esclarece Deyse. Para complicar, entre os anos de negociação, o espaço acabou se tornando uma das principais cenas de uso de crack na região, servindo de abrigo irregular para pessoas em situação de rua e usuários de droga.

Diretora-geral do campus SG acredita que reforma pode ampliar vagas e até ofertas de cursos oferecidos
Diretora-geral do campus SG acredita que reforma pode ampliar vagas e até ofertas de cursos oferecidos |  Foto: Layla Mussi

Os primeiros esforços do Instituto, na época, foram de oferecer atendimento, em parceria com a Prefeitura, a esses usuários de drogas, assim como reparar os danos mais inadiáveis da estrutura antes de começar a pensar em uma reforma geral.

"Todas as esquadrias foram retiradas, toda a parte elétrica, hidráulica; o prédio estava bastante depredado. Então, as melhorias que foram sendo feitas de 2017 a 2020, que é quando inicia a retomada pela obra, foram melhorias a partir de emendas parlamentares para coisas como retirada de entulho, implantação da equipe de vigilância, instalação de um ponto de energia elétrica no prédio", detalha a diretora-geral. 

CIEP estava bastante depredado quando gestão da IF assumiu, relembra reitoria
CIEP estava bastante depredado quando gestão da IF assumiu, relembra reitoria |  Foto: Layla Mussi

Por conta disso, o anúncio da inauguração representa uma espécie de concretização de mais de uma década de esforços. Além de 14 novas salas de aula, o prédio novo também terá alguns espaços muito aguardados pelos estudantes, como uma nova biblioteca e um restaurante universitário.

"Esse prédio vem com uma biblioteca maior e um refeitório, que é uma ação de assistência estudantil que a gente tem lutado muito para ter. Hoje, a rede federal tem menos refeitórios que as redes municipal e estadual. Qualquer escola estadual ou municipal tem um refeitório, e a gente não tinha", destaca o reitor Rafael.

Prédio novo terá restaurante estudantil
Prédio novo terá restaurante estudantil |  Foto: Layla Mussi

Além disso, existe a possibilidade de o espaço expandir a quantidade de cursos oferecidos com a conclusão das obras. Atualmente, o IFRJ oferecer seis cursos; três deles técnicos integrados ao ensino médio (Química, Administração e Segurança do Trabalho).

"Com esse investimento, a gente vai conseguir ampliar as vagas dos cursos que já existem e criar novos cursos a partir dos eixos tecnológicos em que o campus atua. Nossa equipe técnica desenhou algumas propostas de curso em vários níveis e modalidades de ensino. Porque o diferencial dos Institutos em relação às universidades é que a gente trabalha em todos níveis do ensino: desde a educação básica até o ensino de pós-graduação", projeta Gleyce.

Unidade oferece, atualmente, cursos técnicos em Química, Segurança do Trabalho e Administração, integrado ao Ensino Médio
Unidade oferece, atualmente, cursos técnicos em Química, Segurança do Trabalho e Administração, integrado ao Ensino Médio |  Foto: Layla Mussi

Por fim, a expansão deve trazer também novos projetos voltados para a comunidade gonçalense local. "A extensão ela dialoga diretamente com toda a cadeia produtiva local, com o território. A gente tem essa meta, tem esse trabalho interno para a gente estar mais dentro dos territórios, levando tudo que a gente aprender dentro desse espaço do ensino para fora para poder se comunicar melhor com as comunidades", destaca Ana Luisa Soares, pró-reitora de extensão.

Os cursos atualmente oferecidos pelo Campus São Gonçalo da IFRJ, em Neves são os de Química, Administração e Segurança do Trabalho integrados ao Ensino Médio, um curso de Cuidador de Idosos integrado à Educação de Jovens e Adultos (EJA), um curso subsequente ao Ensino Médio em Segurança do Trabalho e um curso de pós-graduação lato senso em Ensino de Histórias e Culturas Africanas e Afro-brasileira.

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