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Desembargador nega pedido de liberdade do dono da GAS consultoria

Empresário é acusado de montar esquema de pirâmide financeira

Escrito por Redação | 03 de setembro de 2021 - 15:45

O desembargador federal André Ricardo Cruz Fontes, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, negou, na tarde de quinta-feira (2), um habeas corpus apresentado pela defesa de Glaidson Acácio dos Santos, 38 anos, acusado de montar um esquema de pirâmide financeira. O empresário foi preso no último dia 25 pela Polícia Federal;

De acordo com o advogado de Glaidson, Thiago Minagé, o mérito do pedido ainda será avaliado por um colegiado de três desembargadores. Em nota, a G.A.S. Consultoria Bitcoin, fundada por Glaidson, afirmou que "lamentar a decisão". "O corpo jurídico da empresa vai ingressar com recursos cabíveis em instâncias superiores, o quanto antes, por entender que a prisão é desnecessária e injustificável", continua o texto. "A G.A.S. Consultoria tem a certeza de que a verdade e a justiça sempre prevalecerão e não medirá esforços para que o CEO da empresa consiga recuperar seu direito à liberdade", conclui a empresa.

Na última sexta-feira (27), o juiz federal Vitor Barbosa Valpuesta, da 3ª Vara Federal Criminal, decidiu manter a prisão preventiva do empresário durante uma audiência de custódia. A defesa afirmou que recebia a decisão "de forma respeitosa", mas que "discordava veementemente de todos os fundamentos utilizados". Ao jornal O Globo, o advogado de Glaidson afirmou que apresentou documentos comprovando que o cliente não estava planejando uma fuga do país, ao contrário do que afirmou a PF. 

De acordo com os investigadores, o empresário, que ficou conhecido como o "Faraó dos Bitcoins", planejava deixar o país na mesma data em que foi preso pela Polícia Federal. As investigações constam no relatório de investigação. Uma ligação interceptada, com autorização da justiça, foi a prova usada para mostrar que o ex-garçom tinha intenção de fugir do Brasil.

‘Faraó dos bitcoins’ movimentou quase R$17 bilhões de clientes no último ano

Glaidson Acácio dos Santos realizou movimentações de cerca de R$ 38 bilhões nos últimos seis anos. Desses, R$ 16,7 bilhões estiveram em suas contas no último ano. As informações são do Relatório de Atividades Financeiras (Coaf) e do Jornal O Globo.

Os dados são considerados impressionantes para os investigadores. As informações ainda indicam que o também ex-pastor tinha negócios com 8.976 pessoas, sendo 6.249 físicas e 2.727 jurídicas. O texto aparece em relatório do Ministério Público Federal (MPF) e também da Polícia Federal (PF), que caracterizou a prisão de Glaidson.

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