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Preta Gil fala sobre padrões estéticos e lipo e afirma: "estava me mutilando"

Cantora ainda falou sobre a pressão estética das pessoas sobre ela

Escrito por Redação | 29 de outubro de 2020 - 11:00
A cantora afirma que hoje se sente bem com suas curvas
A cantora afirma que hoje se sente bem com suas curvas -

A cantora Preta Gil será uma das atrações do programa “Simples assim”, comandado por Angélica, nesse sábado (31). Na edição, Preta vai falar sobre a ditadura da beleza e sobre como ela sofreu com isso. A cantora afirma que hoje se sente bem com suas curvas e com sua autoestima feminina. 

Em seus relatos para Angélica, Preta pretende contar como sempre abordou o tema da ditadura da beleza em sua vida. "Estou falando disso há muitos anos já. E quando eu falava disso há 18 anos eu me sentia muito só. As pessoas estranhavam, até as mais próximas falavam: ‘Como assim usar biquíni? Como assim não ter vergonha do corpo?’", disse a cantora.

Preta falou que hoje as mulheres estão falando das coisas de forma mais liberta e com menos amarras do que antes. Ela ainda comentou sobre o poder da união feminina. "Estamos nos libertando de muitas amarras, mas ainda é muito difícil para várias mulheres. A opressão não veio à toa. Ela veio como forma de paralisar as mulheres, porque se sabe que unidas somos muito fortes e capazes de tudo. Que a gente não se gostasse, que a gente se alfinetasse, falasse mal uma da outra, que não colocasse a outra pra cima...", disse. 

Ela exemplificou sua fala com o caso das mulheres que atualmente assumem seus cachos naturais. "Tudo isso foi nutrido no ventre da sociedade patriarcal, mas a gente vem desconstruindo isso nas atitudes. Quando a gente fala ‘assumi meus cachos’, isso é de uma grandiosidade... Porque você não tem noção de quantas mulheres passam a vida alisando o cabelo porque foram educadas para não gostar do seu cabelo cacheado”, contou Petra. 

A cantora também disse que já passou por diversas cirurgias quando ainda vivia pela ditadura da beleza, mas hoje, ela se libertou disso e convida outras mulheres a fazerem o mesmo. “Eu fiz quatro lipos, uma atrás da outra. Quando comecei minha carreira, fiz uma capa nua e estava fora dos padrões. E eu queria que o povo parasse de falar de mim. Tomei remédio, fiz lipo, quando eu vi, estava me mutilando. Para agradar a quem? Não a mim, eu estava confusa, sem saber o que estava sentindo. Fazia por causa do outro. É um caminho sem volta quando você pega o fio da meada de se amar. E é aí que a gente traz outras pessoas. Vem comigo! Se ame! Se liberte!”, contou Preta. 

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