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Polícia prende quarta envolvida no assassinato de casal em Itaboraí

Poliana da Silva Pacheco foi capturada em Rio Bonito; Ministério Público já denunciou Adelmo e seus pais, que agora respondem como réus pelo duplo homicídio

relogio min de leitura | Escrito por Aretha Dossares com supervisão de Thiago Soares | 05 de dezembro de 2025 - 15:02
Poliana da Silva Pacheco, que também é parente de Delminho Mecânico, foi presa pelo assassinato de Lenon e Fernanda
Poliana da Silva Pacheco, que também é parente de Delminho Mecânico, foi presa pelo assassinato de Lenon e Fernanda -

A Polícia Civil prendeu, na tarde desta quinta-feira (4), mais uma pessoa apontada como participante do brutal assassinato de Fernanda Souza Silva Siqueira, 26 anos, e de Lenon Batista Siqueira, 35. A captura da Poliana da Silva Pacheco, que também é parente de Delminho Mecânico, ocorreu em via pública, em Rio Bonito, após ação conjunta de inteligência da 119ª DP.

De acordo com as investigações, Poliana teria colaborado diretamente na emboscada e na execução do casal, além de auxiliar no esquartejamento, na queima e na ocultação dos corpos, crime que chocou toda a comunidade de Rio Bonito. Uma testemunha relatou que viu as vítimas conversando com os autores na manhã do dia do assassinato, ocorrido em 16 de novembro.


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A mulher foi levada para a delegacia e está à disposição da Justiça, devendo ser encaminhada ao sistema penitenciário. Todos os quatro presos fazem parte da mesma família.

Delminho e os pais já são réus

O Ministério Público já apresentou denúncia contra Adelmo da Silva dos Santos, o Delminho Mecânico, e seus pais, Adelson Elói dos Santos e Leila Lopes dos Santos. Com isso, os três se tornaram réus pelo duplo homicídio qualificado, além dos crimes correlatos de ocultação de cadáver e destruição de provas.

Adelmo se entregou à Polícia Civil no dia 18, na 71ª DP (Itaboraí), acompanhado de seu advogado. Ele já havia passado por uma confissão informal e era alvo de prisão temporária. Após se apresentar, deixou a delegacia e permaneceu algumas horas foragido, junto dos pais.

Cinco dias depois, diante da pressão policial, Adelson e Leila procuraram o advogado da família e acabaram se apresentando na 71ª DP. Em seguida, foram conduzidos à 73ª DP (Neves), onde tiveram os mandados de prisão cumpridos.

Relembre o caso

Os restos mortais de Fernanda e Lenon foram encontrados em 18 de novembro, em uma área de difícil acesso no distrito de Muriqui, atrás da casa onde Adelmo morava com os pais, cerca de 400 metros da residência da família. O terreno precisou ser escavado com auxílio de uma retroescavadeira do Corpo de Bombeiros.

O casal havia desaparecido após sair de Rio Bonito para desfazer um acordo comercial envolvendo a troca de um carro por uma moto de Adelmo. Familiares contam que eles decidiram desistir da transação porque o mecânico não estava pagando as parcelas acertadas.

A família registrou o desaparecimento na 119ª DP, o que deu início às buscas e à investigação que, posteriormente, revelou o crime bárbaro.

Comoção e avanço das investigações

Fernanda e Lenon foram sepultados no dia 21, no Cemitério Municipal do Basílio, sob forte comoção de parentes e amigos. A repercussão do caso mobilizou equipes da Polícia Civil, que seguiram com as diligências até identificar e prender todos os envolvidos.

Segundo a 119ª DP, tanto Adelson quanto Leila participaram de todas as etapas do crime. Com base nos elementos colhidos, a delegacia representou pela prisão do casal em 20 de novembro, mandados deferidos pelo Plantão Judiciário de Itaboraí.

Após uma madrugada de buscas intensas pelas equipes, os dois acabaram se entregando.

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