Crime em Itaboraí: polícia apura se “Delminho Mecânico” teve ajuda de cúmplices; corpos levados ao IML
“Delminho Mecânico”, se entregou à polícia horas depois de restos mortais sendo encontrados queimados e esquartejados no bairro Muriqui
min de leitura | Escrito por Aretha Dossares | 19 de novembro de 2025 - 14:09
A Polícia Civil do Rio investiga se Adelmo da Silva dos Santos, o Delminho Mecânico, assassino confesso da morte de um casal em Rio Bonito, teria a colaboração de cúlplices para ter cometiço a ação criminosa, onde as vítimas foram atraídas para uma 'emboscada', mortas e depois esquartejadas. Durante toda a ação, montada com requintes de crueldade, as vítimas tiveram os restos mortais incendiados e depois foram enterradas no própio local onde Delminho morava, na região de Muriqui, uma bucólica área de Itaboraí, com amplas áreas de mata.
Adelmo apresentou-se espontaneamente na 71ª DP (Itaboraí) na noite desta terça-feira (18), acompanhado de seu advogado. A apresentação ocorreu horas após dois corpos esquartejados e queimados serem encontrados no fundo da casa dele, em uma ação organizada por policiais da 119ªDP (Rio Bonito) e equipes do Corpo de Bombeiros.
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Como foi - Os corpos, segundo a polícia, são de Fernanda Siqueira, 26 anos, e Lenon Siqueira, 35, casados e moradores de Rio Bonito. A causa da execução, segundo as investigações e familiares das vítimas, foi descumprimento do acordo firmado na venda do carro do casal ao mecânico, que deu uma moto como garantia e se comprometeu a pagar parcelas mensais até quitar a negociação. O crime aconteceu no fim de semana. Como o acordo não estava sendo cumprido por Adelmo, o casal foi ao bairro onde ele morava para apanhar o carro e devolver a moto, no último fim de semana.
Os restos mortais foram encaminhados para Instituto Médico Legal (IML) de Araruama, onde passarão por exames periciais para identificação formal e a partir desse processo, a liberação para o sepultamento.
Confissão - A Justiça já havia expedido prisão temporária contra Adelmo, depois que ele confessou o crime informalmente aos policiais da 119ªDP, na última segunda-feira (17). Ele foi localizado no Muriqui e levado algemado para a distrital, onde após prestar depoimento, conseguiu ser liberado, na companhia de seu advogado.
Local de difícil acesso e uso de retroescavadeira
Os corpos de Fernanda e Lenon foram encontrados a cerca de 400 metros da casa da família de Adelmo, em uma área de mata de difícil acesso. Investigadores afirmam que o local teria sido onde o encontro para a negociação havia sido marcado. Uma retroescavadeira foi utilizada para remover os restos mortais.
Na manhã de terça-feira, familiares e policiais foram ao imóvel do criminoso em Itaboraí, onde acharam a casa completamente revirada. Equipes da Polícia Civil seguiram no local para preservar a cena do crime e auxiliar nos procedimentos periciais.
Investigação em andamento
Com a apresentação do criminoso à delegacia, a investigação avança para esclarecer as circunstâncias do crime. Investigadores também apuram a possibilidade de participação de outras pessoas ou se Adelmo agiu sozinho, além de o crime ter sido planejado, já que o local de encontro e distante, sem sinal de telefone e vizinhos pertos.
Sob supervisão de Marcela Freitas