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Polícia aponta esquema de R$ 30 milhões ligado ao CV em São João de Meriti

Investigações indicam que grupo arrecadava dinheiro com cobranças ilegais e exploração de serviços; irmão de vereador está entre os suspeitos

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 14 de novembro de 2025 - 12:29
De acordo com os investigadores, o faturamento do grupo vinha da cobrança de taxas impostas a moradores e comerciantes
De acordo com os investigadores, o faturamento do grupo vinha da cobrança de taxas impostas a moradores e comerciantes -

A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou que uma organização criminosa associada ao Comando Vermelho, atuante em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, movimentou aproximadamente R$ 30 milhões ao longo de 11 meses, segundo informações reveladas após uma operação realizada nesta sexta-feira (14).


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De acordo com os investigadores, o faturamento do grupo vinha da cobrança de taxas impostas a moradores e comerciantes, além da exploração de serviços clandestinos em áreas como Bacia do Éden, Castelinho e arredores.

A Justiça expediu 16 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão. Até o momento, oito pessoas foram detidas, quatro por mandado e quatro em flagrante. Entre os presos está o vereador Marcos Henrique Matos de Aquino (Republicanos), que não era alvo inicial da ação. Ele foi detido por portar uma arma registrada em nome de outra pessoa e por manter em casa diversos medicamentos controlados. O parlamentar havia sido o mais votado nas eleições de 2024 no município.

Um dos endereços alvo de busca era o do empresário Luiz Paulo Matos de Aquino, irmão do vereador. As investigações apontam que ele teria envolvimento com o grupo criminoso.

Entre os medicamentos apreendidos com o vereador estão antidepressivos, antipsicóticos, antiepiléticos, anti-inflamatórios e analgésicos de uso restrito. A polícia agora pretende esclarecer se Marcos Aquino possui alguma ligação com o Comando Vermelho e qual seria o destino dessas substâncias.

A operação buscou frear a expansão da facção na Baixada e desmantelar sua base financeira, fortalecida pela cobrança de taxas e por serviços irregulares na região.

A defesa do vereador afirma que ele é alvo de perseguição política, enquanto os advogados de Luiz Paulo alegam que há uma tentativa de descredibilizar sua imagem perante a população.

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