Polícia desmonta esquema de fabricação e venda ilegal de armas em operação no RJ e no Paraná
Ação de inteligência revela rede de produção artesanal e comércio irregular de fuzis, pistolas e munições que abasteciam criminosos dos dois estados

O Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Polícia Civil, deflagrou, nesta quinta-feira (13.11), uma operação contra a fabricação e o comércio ilegal de armas de fogo, munições e acessórios bélicos. As diligências acontecem simultaneamente no Rio de Janeiro e no Paraná, com o apoio da Polícia Civil do Paraná, e têm como objetivo o cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados à quadrilha.
"O Rio está combatendo com firmeza o crime organizado e tudo que o alimenta. Essa operação mostra que não estamos apenas prendendo traficantes, mas cortando as fontes que abastecem o poder bélico das facções. Cada arma apreendida é um passo a mais para devolver a paz às comunidades", afirmou o governador Cláudio Castro.
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A investigação é conduzida pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e começou após a análise de dados extraídos de dispositivos eletrônicos apreendidos em fases anteriores da operação, submetidos à perícia digital. O material revelou um intenso fluxo de comunicações, vídeos e registros de transações ilegais, comprovando a existência de uma rede estruturada de fabricação e venda de armas, tanto de uso permitido quanto restrito.
Durante as apurações, os agentes identificaram relações diretas entre fabricantes, intermediários e compradores, responsáveis por produzir e comercializar pistolas, fuzis e metralhadoras artesanais, além de munições montadas manualmente. As mensagens interceptadas e os registros financeiros apontam lucros que chegavam a 150%, e indicam o uso de transportadoras privadas para o envio disfarçado de armamentos, com instruções para ocultar o conteúdo e a identidade dos remetentes.
As equipes localizaram pontos de produção e armazenamento com ferramentas, peças de reposição, insumos e equipamentos usados para recarga de munições. Parte das armas produzidas ou adquiridas irregularmente era distribuída a terceiros sem qualquer controle legal ou registro.
"Essa operação é mais uma prova de que inteligência, integração e tecnologia estão no centro da nossa política de segurança. Estamos desarticulando quem fabrica, quem vende e quem financia a violência. O crime vai continuar recuando no Rio de Janeiro", completou o governador Cláudio Castro.