Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,3835 | Euro R$ 6,2126
Search

Delegado ferido em operação no Rio tem perna amputada; 3 policiais ainda estão em estado grave

Bernardo Leal Annes Dias foi atingido durante ação conjunta nas comunidades da Penha e do Alemão, que deixou 121 mortos e se tornou a mais letal do país

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 01 de novembro de 2025 - 16:36
O delegado Bernardo Leal Annes  Dias  perdeu uma das pernas
O delegado Bernardo Leal Annes Dias perdeu uma das pernas -

O delegado Bernardo Leal Annes Dias, assistente da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), precisou ter uma perna amputada após ser baleado durante a megaoperação realizada na última terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. 


Leia também:

Polícia Civil identifica criminosos mortos na Operação Contenção; Veja a lista!

Brasileira é morta a facadas pelo ex-marido na Itália: 'Número desproporcional de ferimentos'


A ação, batizada de “Contenção”, terminou com 121 mortos, entre suspeitos e agentes de segurança, e foi classificada pelas autoridades como a mais letal da história do Brasil.

Delegado sofreu hemorragia grave

De acordo com informações da Polícia Civil, o delegado foi atingido na perna, e o disparo atingiu a veia femoral, provocando uma hemorragia intensa.

Ele foi levado inicialmente ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, e posteriormente transferido para o Hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, onde passou por cirurgia que resultou na amputação.

Até a manhã desta sexta-feira (31), o estado de saúde de Bernardo seguia grave.

Autoridades confirmam situação crítica

A confirmação foi feita pelo secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, durante coletiva de imprensa na Cidade da Polícia, na Zona Norte.

“Um delegado perdeu a perna. Temos três colegas ainda em estado grave, em estado crítico”, declarou Curi.

Além de Bernardo, outros 12 agentes foram feridos na operação, sendo dez policiais militares e dois civis. Quatro já receberam alta, enquanto cinco permanecem internados no Hospital Central da PM, no Centro do Rio.

Operação mais violenta da história

A ofensiva policial mobilizou mais de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, com o objetivo de prender lideranças do Comando Vermelho.

Segundo o balanço oficial, 117 suspeitos morreram em confrontos, além de quatro agentes de segurança, dois civis e dois militares.

Durante os enfrentamentos, houve tiroteios intensos em áreas de mata na Serra da Misericórdia, onde, segundo as autoridades, traficantes reagiram com armas de grosso calibre e chegaram a lançar granadas por drones.

Moradores retiraram dezenas de corpos do local e os levaram até a Praça São Lucas, no Complexo da Penha, em uma cena que ganhou repercussão nacional.

Resultados e investigações

De acordo com a Polícia Civil, a ação resultou na prisão de 113 suspeitos e na apreensão de 91 fuzis.

Dos 99 corpos identificados no Instituto Médico Legal (IML), 40 eram de pessoas oriundas de outros estados, como Espírito Santo, Goiás, Bahia, Amazonas e Pará.

A corporação informou ainda que 42 dos mortos tinham mandados de prisão em aberto, e a maioria possuía extenso histórico criminal.

Corrente de apoio nas redes sociais

Nas redes sociais, amigos e colegas do delegado iniciaram uma campanha de doação de sangue e mensagens de solidariedade.

O delegado André Neves, diretor do Departamento Geral de Polícia, publicou:

“Você vai sair gigante dessa batalha. Sua força e coragem representam o melhor da nossa Polícia Civil.”

A promotora de Justiça e professora Claudia Barros também deixou seu apoio:

“Vamos ajudar o Bernardo! Ele foi meu aluno, hoje é delegado de Polícia. Lutando por nós, pela segurança do nosso Estado, foi atingido.”

Matérias Relacionadas