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Mulher morta em Maricá: "Estava no lugar errado e na hora errada"

Adriana era uma pessoa que conhecia bem a região, mas não teve tempo de correr ou buscar abrigo

relogio min de leitura | Escrito por Renata Sena | 30 de outubro de 2025 - 12:19
O corpo de Adriana permanece no Instituto Médico-Legal (IML) do Barreto, mas deverá ser liberado para sepultamento ainda nesta quinta-feira (30)
O corpo de Adriana permanece no Instituto Médico-Legal (IML) do Barreto, mas deverá ser liberado para sepultamento ainda nesta quinta-feira (30) -

Familiares de Adriana Francisca da Silva, de 49 anos, morta durante um ataque criminoso na Comunidade da Estação, em Ponta Negra, Maricá, foram até o Instituto Médico Legal do Barreto e comentaram o caso no final da manhã desta quinta-feira.

De acordo com testemunhas, Adriana era uma pessoa que conhecia bem a região, mas não teve tempo de correr ou buscar abrigo. “Ela era uma pessoa querida, conhecida, e todo mundo gostava dela. Apesar de ter um problema com álcool, ninguém mexia com ela e nem ela tinha problema com ninguém. Depois que o marido morreu, ela ficou com depressão e se entregou à bebida. Por isso, tinha uma pessoa que ajudava ela. E ela estava saindo da casa dessa cuidadora quando os caras chegaram atirando”, contou um familiar.

Adriana foi atingida nas costas e morreu no local
Adriana foi atingida nas costas e morreu no local |  Foto: Divulgação

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Segundo moradores do local, a região já foi alvo de criminosos do Comando Vermelho anteriormente. “Há cerca de uns quatro meses, outros bandidos entraram aqui atirando. Mas, da outra vez, ninguém foi atingido”, contou um morador, que preferiu não se identificar.

O ataque, que aconteceu no final da noite de quarta-feira (29), por volta das 22h30, foi cometido por criminosos que estavam divididos entre uma motocicleta de cor laranja e preta e um veículo Fiat Uno, modelo antigo, de cor branca.

Os criminosos chegaram atirando contra homens do Terceiro Comando, que dominam a região. Contudo, não há relatos de que outras pessoas tenham sido baleadas. Adriana foi atingida nas costas e morreu no local.

“Apesar do vício, ela nunca fez mal a ninguém. Deixou três filhos e netos. A filha está tratando uma depressão e está muito abalada com a notícia. Ali não foi bala perdida, foi bala achada. Acertou uma pessoa que não tinha nada a ver com o caso, mas passou na hora errada e no lugar errado”, declarou um conhecido da vítima.

Agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo investigam o caso. O corpo de Adriana permanece no Instituto Médico-Legal (IML) do Barreto, mas deverá ser liberado para sepultamento ainda nesta quinta-feira (30). O enterro vai acontecer no Cemitério Municipal de Maricá.

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