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Cláudio Castro anuncia promoção póstuma a policiais mortos em megaoperação no Rio

O anúncio foi feito pelo Governador Cláudio Castro, nesta quarta-feira (28)

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 29 de outubro de 2025 - 10:12
Governador presta homenagem aos quatro agentes das Polícias Civil e Militar que morreram durante a ação nos complexos da Penha e do Alemão, que também deixou 15 policiais feridos
Governador presta homenagem aos quatro agentes das Polícias Civil e Militar que morreram durante a ação nos complexos da Penha e do Alemão, que também deixou 15 policiais feridos -

O governador Cláudio Castro anunciou, nesta quarta-feira (29), uma promoção póstuma aos quatro policiais que morreram durante a megaoperação das Polícias Civil e Militar nas localidades conhecidas como Complexos da Penha e do Alemão, que teve início ainda na madrugada de terça-feira (28). Além dos mortos, a ação deixou 15 policiais feridos e instaurou o caos no Hospital Estadual Getúlio Vargas (HGV).

Cláudio Castro disse que o estado fluminense amanheceu de luto e que os policiais mortos deram suas vidas para proteger a sociedade. Ainda segundo o governador, a promoção póstuma foi uma forma de demonstrar respeito e reconhecimento pelos agentes.


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Policiais mortos

Até o momento, foram registradas quatro mortes de policiais: Cleiton Serafim Gonçalves, Heber Carvalho da Fonseca, Marcus Vinicius Cardoso Carvalho e Rodrigo Velloso Cabral.

O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), perdeu dois sargentos, Cleiton Serafim Gonçalves, de 42 anos e Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos. Ambos possuíam experiência em suas funções, estando há 17 e 14 anos na corporação respectivamente. Os policiais chegaram a serem socorridos ainda com vida, porém, infelizmente não resistiram aos ferimentos.

Cleiton deixou esposa e uma filha, já Heber, esposa, dois filhos além de um enteado.

Por meio das redes sociais, o Bope lamentou a morte dos agentes. “Dedicaram suas vidas ao cumprimento do dever e deixam um legado de coragem, lealdade e compromisso com a missão policial militar.”

A Polícia Civil também perdeu dois agentes: o comissário Marcus Vinicius Cardoso Carvalho, conhecido como Máskara, e Rodrigo Velloso Cabral, que era policial há apenas dois meses.

Apesar de possuir um cargo de chefia, Marcus Vinicius, que tinha mais de duas décadas de carreira e uma das principais lideranças na 53ª DP (Mesquita), costumava participar de operações e outras ações de campo. Durante a troca de tiros com os criminosos, o policial foi atingido na cabeça. Uma policial que prestava socorro ao agente, gravou um áudio em que conta o caos que ocorria.

Caos em hospital

O Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, teve o caos instaurado com muitos policiais feridos e colegas assustados em busca de informações. Até o momento, o número total é que 60 suspeitos foram mortos e 15 policiais ficaram feridos.

Fora os policiais e os suspeitos, outros quatro civis foram baleados, um deles é morador de rua que ainda não foi identificado, e outros três moradores, Fernando Vinícius Lopes, Kelma Rejane Magalhães e Daniel Mello dos Santos. A mulher foi baleada na região dos glúteos no interior de uma academia. Todos estão com o quadro de saúde estável.

Do lado de fora da unidade hospitalar, uma multidão formada por familiares dos policiais mortos estavam sob forte e começam. A direção do hospital precisou criar o Núcleo de Acolhimento à Família, que rapidamente ficou lotado, para conter o tumulto e informar as mães, esposas e irmãs dos mortos.

Busca pelo Doca

A megaoperação desta terça-feira tinha como alvo o líder do Comando Vermelho (CV), na Penha, conhecido como Doca. Ao longo da ação, Cláudio Castro disse que havia solicitado a transferência de dez líderes da facção para a saída deles dos presídios estaduais para os presídios federais de segurança máxima.

“Estamos enfrentando um crime que desafia o Estado, mas não vamos recuar. O Rio precisa voltar a ter paz”, revelou o governador em pronunciamento.

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