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Traficante ligada ao TCP, 'Diaba Loira' é encontrada morta no Rio

Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, foi encontrada com marcas de tiros enrolada em um lençol

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 15 de agosto de 2025 - 17:17
Diaba Loira, de 28 anos, foi executada nesta quinta
Diaba Loira, de 28 anos, foi executada nesta quinta -

Eweline Passos Rodrigues, conhecida no mundo do crime como Diaba Loira, foi encontrada morta em Cascadura, na Zona Norte do Rio, nesta quinta-feira (14). O corpo da mulher, de 28 anos, estava enrolado em um lençol. com marcas de tiros na cabeça e no tórax. Ela foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) do Centro do Rio e a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso.

Procurada pelo Setor de Inteligência da Polícia Militar de Santa Catarina e por forças de segurança do Rio de Janeiro, Diaba Loira era conhecida por ostentar, nas redes sociais, armamentos pesados, como fuzis e pistolas. Ela teria entrado no mundo do crime após ser vítima de uma tentativa de feminicídio pelo ex-marido.

Segundo a Polícia Civil catarinense, o caso aconteceu em 2022, no município de Capivari de Baixo. Na ocasião, Eweline foi até a casa do ex-marido para pegar o filho pequeno e acabou sendo atacada com uma faca pelo homem. O golpe perfurou o pulmão da mulher, que precisou passar por uma cirurgia de emergência.


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"A primeira vez que me deparei com a Eweline foi quando ela foi vítima de uma tentativa de feminicídio. Ela levou uma facada do ex-companheiro. O sujeito e a família dela alegavam que ela havia se apossado de uma quantia em dinheiro dele", contou o delegado André Luiz Bermudez Pereira, da 5ª DRP (Tubarão, cidade de Santa Catarina).

Segundo o delegado, o ex-marido de Eweline descobriu que ela estava o traindo e havia se apropriado do dinheiro dele. O homem ainda afirmou que, na época da tentativa de feminicídio, a mulher já tinha vínculo com traficantes, embora não houvessem provas.

A partir desse momento, Diaba Loira passou a ser investigada por tráfico de drogas pela Polícia Civil de Santa Catarina. Eweline acabou sendo presa pela primeira vez em maio de 2023, enquanto estava a caminho de matar um desafeto de uma facção criminosa. Em janeiro de 2024, veio a segunda prisão. Já investigada por integrar uma organização criminosa, ela e um comparsa foram detidos por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. Segundo a polícia, havia provas de que a dupla iria matar um desafeto da facção.

"A sequência dos elementos deixava claro que ela fazia parte de uma facção catarinense e também estava atuando mais na cidade de Florianópolis", afirmou o delegado.

Diaba Loira recebeu o direito de responder em liberdade e foi solta, no entanto, quando foi solicitada novamente sua prisão em 2024, ela passou a viver foragida. Ela fugiu para o Rio de Janeiro e buscou refugio em comunidades chefiadas pelo Comando Vermelho (CV), como o Complexo do Alemão, na Zona Norte e Gardênia Azul, na Zona Oeste.

Após um tempo, Eweline decidiu mudar de facção e pulou do CV para o Terceiro Comando Puro (TCP). Ela passou a ser ameaçada de morte por traficantes rivais, mas postava vídeos nas redes sociais dizendo que não temia ser executava, pelo fato de seus inimigos serem "despreparados".

Tatuagem nas costas de Eweline Passos Rodrigues
Tatuagem nas costas de Eweline Passos Rodrigues |  Foto: Divulgação

"É para eu ter medo? Eu estava do lado de vocês esse tempo todinho, sei que vocês são despreparados. Então antes de falar que a 'equipe caos' vai te pegar, parem de querer ameaçar, está chato já. Quem faz não fala", disse em um vídeo no Instagram.

Diaba Loira confirmou a troca de facção por publicações nas redes sociais, compartilhando conteúdos ligados a Tropa do Coelhão, liderado pelo traficante William Yvens Silva, que integra o TCP no Complexo da Serrinha, em Madureira, Zona Norte do Rio, cujo chefe do tráfico é um dos criminosos mais procurado do Rio, Wallace Brito Trindade, o Lacosta.

Contra Eweline constavam pelo menos três mandados de prisão em aberto por envolvimento com o tráfico de drogas e participação em uma organização criminosa.

Diaba Loira rompeu com o CV e se aliou ao TCP
Diaba Loira rompeu com o CV e se aliou ao TCP |  Foto: Divulgação

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