Adolescente baleado em ação do Bope no Santo Amaro é natural de São Gonçalo
O dançarino se apresentava em um encontro de quadrilhas juninas na comunidade, com o grupo Balão Dourado

O jovem dançarino de quadrilha de festa junina, Emanuel da Silva Félix, de 16 anos, baleado durante uma ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), é natural de São Gonçalo. O caso ocorreu na comunidade Santo Amaro, no Catete, Zona Sul do Rio, na madrugada do último sábado (7).
O dançarino se apresentava em um encontro de quadrilhas juninas na comunidade, com o grupo Balão Dourado, tradicional e bastante conhecido em São Gonçalo.
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Emanuel foi baleado no tórax e socorrido ao Hospital Municipal Souza Aguiar, onde recebeu atendimento e foi liberado no próprio sábado (7), com o projétil alojado no corpo, uma vez que sua remoção poderia causar danos ao organismo.
A quadrilha junina gonçalense Balão Dourado cobra esclarecimentos sobre o caso e exige a responsabilização pela operação policial, que ocorreu durante um evento cultural.
Relembre o caso
O gonçalense foi baleado enquanto se apresentava em uma quadrilha promovida por um evento cultural na comunidade do Santo Amaro, na noite de sábado (7). No mesmo momento em que os festejos ocorrem, policiais do Bope realizaram uma operação na comunidade, resultando em troca de tiros, que atingiu Emanuel, e Herus Guimarães Mendes, de 24 anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu.
Em entrevista a TV Globo, nesta segunda-feira (9), o secretário de Polícia Militar do Rio, Marcelo de Menezes, afirmou que os agentes envolvidos na ação “não observaram os protocolos e procedimentos da corporação”.
Marcelo de Menezes, afirmou que o comando da Polícia Militar não havia sido informado com antecedência sobre a ação do Bope na comunidade, sendo notificado somente nas primeiras horas de sábado. Ele explicou que a entrada do Bope no Santo Amaro aconteceu por causa de uma ação emergencial comandada pelo Comando de Operações Especiais (COE).
Ainda segundo o secretário, houve uma avaliação dos procedimentos junto com o governador Cláudio Castro (PL), no domingo (8) e nessa reunião foi decidido o afastamento de todos os policiais envolvidos na ação, para manter a transparência das investigações.
Os agentes afastados são: o comandante do Bope, o coronel Aristheu de Góes Lopes; o comandante da COE, o coronel André Luiz de Souza Batista. Outros 12 policiais militares que estavam envolvidos na ação, foram afastados da rua.