Ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo é exonerado após tiroteio que matou jovem em festa junina no Rio
Dois coronéis foram exonerados e doze policiais militares foram afastados das ruas pelo Governo Estadual do Rio

Dois coronéis foram exonerados e doze policiais militares foram afastados das ruas pelo Governo Estadual do Rio, neste domingo (08), por conta da operação policial no Catete, na Zona Sul do Rio, que matou um jovem e deixou cinco pessoas feridas na noite da última sexta (06). Entre os agentes exonerados pelo governador Cláudio Castro (PL), está o coronel Aristheu de Góes Lopes, que era chefe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e já foi comandante do 7ª BPM (São Gonçalo) e do 12º BPM (Niterói).
Além dele, também foi exonerado o coronel André Luiz de Souza Batista, do Comando de Operações Especiais (COE). Ambos teriam participado da organização da ação na comunidade do Santo Amaro, no Catete, que aconteceu durante um encontro de quadrilhas na região. Dezenas de famílias, com crianças e idosos, participavam da festa quando o tiroteio começou. O office boy Herus Guimarães, de 24 anos, foi atingido e não resistiu aos ferimentos.
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O corpo de Herus foi sepultado neste domingo (08), no Cemitério São João Batista, na Zona Sul. Ele deixa um filho. Além dele, outras cinco pessoas - incluindo um menor de idade - ficaram feridas por conta da troca de tiros. Uma delas permanece internada no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, com quadro estável segundo a unidade.
Todos os agentes afastados das ruas teriam participado da ação. De acordo com a PM, o tiroteio aconteceu durante “uma ação emergencial” para apurar atividades criminosas na comunidade. Um grupo de suspeitos armados teria iniciado o confronto, segundo a nota.
O comando do Bope instaurou procedimento apuratório sobre o caso e as câmeras de uso corporal dos agentes envolvidos serão analisadas. As armas dos policiais militares envolvidos no tiroteio foram recolhidas. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso.