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Polícia Civil prende MC Poze do Rodo por envolvimento com facção criminosa e apologia ao crime

Ele é investigado por ligações com o Comando Vermelho; A operação ocorreu ocorreu no Recreio dos Bandeirantes

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 29 de maio de 2025 - 08:30
Poze do Rodo foi preso na manhã desta quinta-feira (29)
Poze do Rodo foi preso na manhã desta quinta-feira (29) -

Policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) prenderam, na manhã desta quinta-feira (29), o cantor MC Poze do Rodo, investigado por apologia ao crime e por envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho (CV). A operação ocorreu no bairro do Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio.

De acordo com as investigações, o cantor realiza shows exclusivamente em áreas dominadas pelo CV, com a presença ostensiva de traficantes armados com armas de grosso calibre, como fuzis, garantindo a "segurança" do artista e do evento. Além disso, a investigação identificou que o repertório das músicas entoadas por ele faz clara apologia ao tráfico de drogas, ao uso ilegal de armas de fogo e incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes.

Esses eventos são estrategicamente utilizados pela facção para aumentar seus lucros com a venda de entorpecentes, revertendo os recursos para a aquisição de mais drogas, armas de fogo e outros equipamentos necessários à prática de crimes.


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A operação tem como base o cumprimento de mandado de prisão temporária expedido pela Justiça, após evidências de que os shows realizados pelo artista são financiados pela organização criminosa Comando Vermelho, contribuindo para o fortalecimento financeiro da facção por meio do aumento do consumo de drogas nas comunidades onde os eventos são realizados.

Um desses eventos foi realizado na última segunda-feira (19), na comunidade da Cidade de Deus, com a presença de diversos traficantes armados. O show, no qual o cantor entoou diversas músicas enaltecendo a facção criminosa, ocorreu poucas horas antes da morte do policial civil José Antônio Lourenço, integrante da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), em uma operação policial na comunidade.

De acordo com a Polícia Civil, as letras extrapolam os limites constitucionais da liberdade de expressão e artística, configurando crimes graves de apologia ao crime e associação para o tráfico de drogas. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e os financiadores diretos dos eventos criminosos.

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