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PF mira organização criminosa que enviava drogas à Europa por meio de “mulas”

Os investigados gerenciavam um esquema de envio de drogas para a Europa por meio de “mulas”, com a participação de empresários, doleiros, advogados e um gerente de instituição financeira

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 07 de maio de 2025 - 09:43
Material apreendido pelos agentes da Polícia Federal
Material apreendido pelos agentes da Polícia Federal -

Nesta quarta-feira (7/5) a Polícia Federal, em conjunto com o MPF, deflagrou a Operação Tropeiros II com o objetivo de desarticular um grupo criminoso responsável pela prática de tráfico internacional de drogas através de voos com destino à Europa.

Na ação de hoje, cerca de 100 policiais federais e servidores do GAECO/MPF, cumpriram 21 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói/RJ, São Paulo, Campinas/SP e Salvador. Os mandados foram cumpridos em residências e empresas dos investigados, além de casas de câmbio e escritório de advocacia. Também foram cumpridas ordens judiciais de sequestro de bens e medidas cautelares diversas da prisão, como entrega de passaporte, proibição de se ausentar do país e bloqueio de valores.


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A operação de hoje é resultado da análise de extração de dados do material arrecadado na 1ª fase da Operação Tropeiros, deflagrada em novembro de 2022, além da quebra de sigilo bancário. A organização criminosa investigada operava com foco na remessa de drogas – principalmente cocaína – para a Europa por meio de “mulas” cooptadas pelos criminosos, em um esquema que contava com o envolvimento de empresários, doleiros, um advogado e um gerente de instituição financeira.

Após a cooptação das “mulas”, os integrantes do grupo entregavam as drogas por eles adquiridas, as quais eram remetidas para o exterior por meio de malas e mochilas especialmente preparadas para ocultar as substâncias ilícitas transportadas. Ao chegarem no exterior, as “mulas” entregavam os entorpecentes para os contatos indicados pela associação criminosa, os quais se tornavam responsáveis pela venda.

O aprofundamento das apurações indicou que a associação criminosa investigada na Operação Tropeiros possuía mais integrantes, além de revelar indícios de movimentações financeiras ligadas à prática de lavagem de dinheiro na ordem dos 10 milhões de reais.

As investigações foram iniciadas a partir da prisão em flagrante de uma jovem que transportava 3,2kg de cocaína oculta no forro da bagagem despachada, no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão). A mulher, natural do Rio de Janeiro, pretendia embarcar em voo com destino à cidade portuguesa de Horta, de onde a droga seria distribuída pela Europa.

Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e tráfico transnacional de drogas.

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