Flordelis é atendida na UPA após descoberta de celular em cela no Rio
A situação aconteceu depois que foi flagrada a presença de um celular em sua cela, no presídio Talavera Bruce, onde cumpre pena desde 2021
A ex-deputada federal e cantora gospel Flordelis dos Santos, de 63 anos, foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, na última quinta-feira (05/12). A visita ao hospital ocorreu após ela apresentar sintomas como pressão alta, dor de cabeça e tontura. A situação aconteceu depois que foi flagrada a presença de um celular em sua cela, no presídio Talavera Bruce, onde cumpre pena desde 2021.
Flordelis estava em isolamento — uma punição determinada pela direção da Penitenciária Talavera Bruce após a descoberta do aparelho na noite de quarta-feira (04/12). Após ser medicada na UPA, a pastora permaneceu no local durante a noite. Na sexta-feira (06/12), estava programado um exame Ecodoppler, ultrassom essencial para avaliar o fluxo sanguíneo, solicitado por seu cardiologista. O exame foi realizado com sucesso no final da tarde, e Flordelis retornou ao isolamento sem apresentar mais os sintomas que motivaram seu atendimento médico.
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Além dela, outras três detentas ocupavam a cela onde o celular foi encontrado: Fernanda Silvade Almeida, conhecida como "Fernanda Bumbum"; Alessandra Belmonte Sá; e Ana Carolina Fonseca Tavares da Silva. De acordo com investigações preliminares, Ana Carolina assumiu a propriedade do telefone, que estava sob a cama de Alessandra no momento da descoberta.
Diante do ocorrido, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) instaurou um procedimento investigatório para determinar a dinâmica do uso do celular e como ele foi introduzido no sistema prisional. Todas as quatro detentas tiveram benefícios suspensos como resultado da punição. Flordelis perdeu o direito a visitas íntimas e às aulas de crochê, por exemplo.
Flordelis está presa desde agosto de 2021, cumprindo pena de 50 anos e 28 dias pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. Ela foi condenada por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa armada.