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Quadrilha se passa por loja no Rio para aplicar golpe do iPhone

Esquema de estelionato usa dados de estabelecimento no Recreio

relogio min de leitura | Escrito por Felipe Galeno | 12 de setembro de 2024 - 16:29
Loja no Recreio sofre com acusações de estelionato; suspeitos fingem ser do estabelecimento para dar golpe
Loja no Recreio sofre com acusações de estelionato; suspeitos fingem ser do estabelecimento para dar golpe -

Um grupo criminoso tem aplicado golpes online em todo o Brasil usando dados de uma loja de equipamentos de segurança no Rio. Desde 2022, suspeitos ainda não identificados se passam pela Biver Global Telecom, loja no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, para anunciar iPhones na internet. Após pegar o dinheiro das vítimas, os suspeitos não entregam o aparelho e as vítimas procuram o estabelecimento, que sequer vendem aparelhos celulares.

A proprietária do estabelecimento, Larissa Coutinho, de 42 anos, explica que tem sofrido com o esquema desde há mais de dois anos, desde o início de 2022. "Tem uma vítima que está me processando. É muito difícil essa situação, porque agora eu também tenho que provar que sou vítima", explica Larissa, que, após vinte anos à frente do estabelecimento, tem visto a segurança e a credibilidade do seu comércio ameaçadas pelos golpes.


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"Eles utilizam o meu nome, o nome da minha empresa e o meu CNPJ para dar uma falsa credibilidade para as pessoas. Eles dizem que vendem iPhone, a preços muito baixos, com um sinal pelo pix e o restante parcelado no boleto em muitas parcelas. Só que esse iPhone não chega; aí a pessoa resolve pesquisar e me encontra. Me ligam me cobrando a entrega de iPhone, porque [o contato] para quem eles mandaram o pix já não atende mais eles. Só aí a pessoa descobre que levou", conta Larissa.

Os crimes foram registrados na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), que segue investigando. Larissa conta que os relatos de golpe chegaram a diminuir durante um tempo, mas vítimas de todo o Brasil seguem entrando em contato ocasionalmente. "Eu não tenho nenhum tipo de notícia de quem são essas pessoas. Vira e mexe eu ainda tenho pessoas me procurando na loja, nas redes sociais, no WhatsApp. Fica a insegurança, porque a gente não sabe quem são e eu estou aqui, qualquer pessoa me encontra", desabafa a proprietária.

A Polícia Civil informou que os casos seguem em investigação na Delegacia da região.

Crime é investigado pela 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes)
Crime é investigado pela 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) |  Foto: Kiko Charret

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