Corregedoria da PM investiga policiais que visitaram miliciano internado em hospital do Rio
Militares gravaram vídeo cantando 'Parabéns Pra Você' a paciente algemado e sob custódia na unidade
![Policial fez vídeo no hospital com o preso](https://cdn.osaogoncalo.com.br/img/Artigo-Destaque/140000/1200x720/Corregedoria-da-PM-investiga-policiais-que-visitar0014334800202403112144-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.osaogoncalo.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F140000%2FCorregedoria-da-PM-investiga-policiais-que-visitar0014334800202403112144.jpg%3Fxid%3D601487%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1713864462&xid=601487)
A Corregedoria da Polícia Militar do Rio abriu uma frente de investigação para apurar o suposto envolvimento de dois policiais militares da corporação com milicianos que atuam em regiões da Zona Oeste da capital. A investigação está baseada em um vídeo feito pelos próprios policiais no Hospital Pedro II, em Santa Cruz,naquela região, em uma suposta visita e cantando parabéns a um dos 15 milicianos presos pela polícia, na semana passada.
O paciente, Jean Arruda da Silva, está no Pedro II desde o último dia 7, quando houve a operação que terminou com os 15 presos, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. O aniversariante foi baleado nesse mesmo dia, durante uma operação que prendeu 15 suspeitos de integrar o "bonde" da milícia, do grupo de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. Além dele, outros cinco bandidos também foram feridos.
A festa de aniversário improvisada contou com bolo e refrigerante de uva. Em um momento, o policial chega a brincar "Bate palma aí, Jean". Além da algema, o preso está com a mão enfaixada.
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Procurada, a Polícia Militar informou que a Corregedoria acompanha o caso para decretar as punições cabíveis. De acordo com a PM, os policiais "serão submetidos a um Procedimento Administrativo Disciplinar que poderá resultar na exclusão dos militares dos quadros da Corporação".
"Os agentes que aparecem na filmagem já foram identificados e conduzidos à 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (2ª DPJ), para que sejam adotadas as medidas disciplinares que o caso requer. Cabe ressaltar que o comando da corporação não compactua com desvios de conduta ou crimes praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos", afirma o posicionamento da corporação.
Como foi a operação
Após informações do setor de inteligência da Polícia Civil, os agentes conseguiram interceptar o grupo na Avenida Brasil, no bairro de Campo Grande, na altura do viaduto Engenheiro Oscar de Brito.
Os milicianos haviam saído de uma comunidade em Santa Cruz e seguido para a favela da Carobinha, em Campo Grande. Quando voltavam para Santa Cruz, foram pegos pela polícia, que estava de tocaia.