Relatório de câmeras corporais da PM no RJ relata abuso policial
STF recebeu denúncia de violência e violações dos direitos humanos baseada em registros feitos por câmeras
![Mais da metade dos pedidos de consulta de imagens não foram respondidos](https://cdn.osaogoncalo.com.br/img/Artigo-Destaque/140000/1200x720/Relatorio-de-cameras-corporais-da-PM-no-RJ-relata-0014315600202403041937-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.osaogoncalo.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F140000%2FRelatorio-de-cameras-corporais-da-PM-no-RJ-relata-0014315600202403041937.jpg%3Fxid%3D600277%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1713790120&xid=600277)
Imagens coletadas pelas câmeras corporais acopladas a farda de policiais militares no Rio flagram dezenas de casos de abusos e violações de direitos humanos por parte de agentes da corporação no Estado ao longo do último ano, segundo a Defensoria Pública do Rio de Janeiro. Os casos flagrados serviram de base para uma denúncia enviada pela Defensoria ao Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a instituição, vídeos capturados nas câmeras usadas pelos policiais mostram agentes da PM omitindo socorro, agredindo suspeitos física e verbalmente e fazendo ameaças diversas, incluindo de morte em alguns casos. Alguns dos registros trazem imagens de violência psicológica e física contra abordados que não ofereceram resistência, segundo o relatório.
Leia também:
➢ Suspeitos de envolvimento no homicídio de homem em Niterói são presos
➢ Mulher é presa com droga fixada às pernas no Aeroporto do Galeão
As imagens analisadas estão relacionadas a ocorrências registradas entre abril e dezembro do ano passado. Segundo a Defensoria, foram solicitadas imagens de 215 casos onde havia suspeita de violação dos direitos humanos e/ou abuso policial. Quase metade dos pedidos não teria tido resposta e boa parte dos recebidos estava com registros incompletos, alega a instituição.
A Polícia Militar disse não ter tido acesso ao relatório, que é analisado pelo STF e foi anexado ao processo do ADPF das Favelas, que estabelece regras para operações da Polícia no Rio.