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Polícia Civil realiza buscas em empresa que lançou detergente no Rio Guandu

A investigação teve início quando o fornecimento de água foi comprometido

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 19 de setembro de 2023 - 10:36
Todo o material arrecadado nesta terça será analisado, como parte da investigação que apura a prática do crime de poluição hídrica
Todo o material arrecadado nesta terça será analisado, como parte da investigação que apura a prática do crime de poluição hídrica -

Policiais civis da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) realizam, nesta terça-feira (19/09), uma operação na empresa suspeita de despejar surfactante, composto presente na fabricação de detergentes, no Rio Queimados, um dos principais afluentes do Rio Guandu. Os agentes vão até a sede da companhia, no município de Queimados, na Baixada Fluminense, para cumprir mandado de busca e apreensão de documentos e equipamentos eletrônicos.

A investigação teve início no dia 28 de agosto, quando o fornecimento de água para 11 milhões de pessoas na capital e na Baixada Fluminense foi comprometido. Já nas primeiras horas do dia, a equipe da DPMA percorreu o Guandu e conseguiu identificar de onde partia o despejo, em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Cedae. Após 13 horas, o serviço foi restabelecido.


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No decorrer da apuração, foi pedida a busca e a interdição das atividades produtivas da empresa. A análise das amostras coletadas na região comprovaram que as substâncias emitidas pela fábrica eram as mesmas que obrigaram a paralisação no fornecimento de água da maior estação de tratamento de água do mundo.

Todo o material arrecadado nesta terça será analisado, como parte da investigação que apura a prática do crime de poluição hídrica.

A empresa investigada afirmou, em nota, que está "colaborando com as investigações e já compartilhou documentos como o laudo emitido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Queimados, que atesta que não se observou qualquer vestígio de espuma ao longo do Rio Queimados".

Veja a nota na íntegra:

"A Burn vem colaborando com as investigações e já compartilhou documentos como o laudo emitido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Queimados, que atesta que não se observou qualquer vestígio de espuma ao longo do Rio Queimados, além de parecer técnico de empresa especializada, que esclarece que seria necessário o despejo de 83,5 toneladas de detergente - o equivalente a 167 mil embalagens - para provocar o incidente do Guandu, considerando a vazão do rio. A empresa reitera seu funcionamento dentro dos mais rigorosos padrões técnicos e que não há relação entre a fábrica e o vazamento da espuma, permanecendo à disposição das autoridades."

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