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STJ aumenta pena de PM's por morte de Amarildo

Crime ocorreu em julho de 2013, na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 22 de agosto de 2023 - 22:24
Investigações indicam que Amarildo foi executado
Investigações indicam que Amarildo foi executado -

A 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira (22), por unanimidade, aumentar as penas de policiais militares condenados pelo desaparecimento e morte do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza. O crime ocorreu em julho de 2013, na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro.

Os ministros acompanharam o voto do relator, ministro Rogerio Schietti, que acolheu em parte o recurso do Ministério Público Federal (MPF).

Em seu voto, Schietti entendeu que as penas devem ser aumentadas porque, dez anos após o assassinato de Amarildo, o corpo da vítima ainda não foi encontrado, impedindo que seus familiares o sepultem.

O ministro ainda ressaltou que o caso em análise se tornou notório em decorrência da gravidade concreto do fato, “que configurou um emblemático episódio de violência policial contra integrante da população preta e periférica do Rio de Janeiro, a provocar abalos sociais não apenas na comunidade local, como também no país e na comunidade internacional”.


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Os PMs foram condenados pelos crimes de tortura seguido de morte, ocultação de cadáver e fraude processual.

Segundo as investigações, a vítima foi levada por policiais para um interrogatório na sede da UPP da Rocinha, em meio a uma operação de combate ao tráfico de drogas. Na ocasião, os PMs afirmaram que o ajudante de pedreiro deixou o local sozinho, o que as câmeras não registraram.

As novas penas fixadas pelo STJ são:

O tenente Luiz Felipe de Medeiros, então subcomandante da UPP da Rocinha, passa de 10 anos e sete meses de reclusão para 12 anos, 8 meses e 3 dias de prisão.

O soldado Douglas Roberto Vital Machado foi punido inicialmente a 11 anos e seis meses. Com a decisão do STJ, ele terá que cumprir 13 anos e 8 meses de reclusão.

O major Edson Raimundo dos Santos, então comandante da UPP da Rocinha, foi condenado a 13 anos e sete meses de reclusão. Agora, a pena passou para 16 anos, 3 meses e 6 dias.

Os soldados Marlon Reis, Felipe Maia, Wellington da Silva, Anderson Maia e Jorge Luiz Coelho continuaram com a mesma punição – nove anos, cinco meses e 15 dias de prisão.

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