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FB é condenado a 225 anos por queda de helicóptero que matou PMs

Juri condenou o traficante por ataque a helicóptero da Polícia Militar que caiu há quase 14 anos no Rio

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 21 de junho de 2023 - 12:11
'FB' foi condenado após quase 22 horas de julgamento
'FB' foi condenado após quase 22 horas de julgamento -

O traficante 'FB' foi condenado a 225 anos de prisão pela derrubada do helicóptero da PM que matou três policiais há quase 14 anos, na Zona Norte do Rio. A sentença saiu no início da manhã desta quarta-feira (21) após quase 22 horas de julgamento. A decisão foi tomada pelo corpo de jurados do 3º Tribunal do Júri.

Fabiano Atanásio da Silva, o FB, foi considerado o responsável por ordenar e comandar a invasão ao Morro dos Macacos, em Vila Isabel, em outubro de 2009. Ele é o último réu a ser julgado no caso e foi condenado por três homicídios, seis tentativas de homicídio (dos três sobreviventes do helicóptero e de três policiais em terra) e associação para o tráfico. Até o momento quatro pessoas foram responsabilizadas pelo crime: FB; Magno da Mangueira; Playboy; e Lacoste, que está foragido.


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"Foram quase 22 horas de julgamento e, ao final, a Justiça prevaleceu", disse Fernanda Neves Lopes, titular da 1ª Promotoria de Justiça Junto ao III Tribunal do Júri da Capital, que, em conjunto com a promotora de Justiça Carmen Eliza de Carvalho, foi responsável pela acusação. Durante o julgamento, as promotoras apresentaram um vídeo inédito do momento em que a aeronave da PM cai, após ser atingida por diversos disparos.

As imagens mostram o desespero dos policiais no momento da queda e uma equipe da PM tentando socorrer as vítimas. O vídeo evidencia ainda que os traficantes continuaram atirando mesmo com o helicóptero em chamas. Em relação ao vídeo apresentado pelo MPRJ, a juíza Tula Corrêa de Mello destacou que a cena da vítima saindo da aeronave como uma bola de fogo causa um impacto sem precedentes.

“As circunstâncias do crime são nefastas, sendo certo que a conduta se equipara a ato de terrorismo, pois não se restringe à violência individualmente direcionada a cada um dos policiais atingidos e aos familiares, vítimas indiretas da ação, mas pela intenção declarada de guerra ao Estado”, afirmou a juíza.

Mesmo sem saber a autoria dos disparos, relatórios de inteligência apontaram que FB foi o mandante e organizador do ataque. Na ocasião, três policiais morreram e três sobreviveram. Segundo testemunhas, o helicóptero em que os agentes estavam foi atingido por tiros de traficantes quando sobrevoava a favela de Vila Isabel durante ação para intervir na guerra do tráfico. O piloto conseguiu fazer um pouso forçado em uma quadra de futebol, mas a aeronave pegou fogo no solo e ficou destruída.

O FB participou do julgamento por videochamada de dentro do presídio federal de Catanduvas, localizado no Paraná. Para o advogado dele, Cláudio Dalledone, o processo tem defeitos e sua defesa irá recorrer da decisão.

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