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Júri condena traficantes a 193 anos por queda de helicóptero que matou PMs no Rio

A sentença sai quase 13 anos depois dos dois homens derrubarem a tiros um helicóptero da Polícia Militar, durante uma operação policial no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, em outubro de 2009

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 15 de setembro de 2022 - 12:23
Três dos seis agentes que estavam na aeronave morreram. Os demais, juntamente com três policiais militares que estavam no solo, foram feridos, alguns de forma grave.
Três dos seis agentes que estavam na aeronave morreram. Os demais, juntamente com três policiais militares que estavam no solo, foram feridos, alguns de forma grave. -

Os traficantes Magno Fernando Soeiro Tatagiba de Souza, o Magno da Mangueira, e Leandro Domingos Berçot, o Lacoste, foram condenados, na noite desta quarta-feira (14), a 193 anos, um mês e 10 dias de prisão por três homicídios qualificados e seis tentativas de homicídio.

A sentença do Conselho de Sentença do 3º Tribunal do Júri da Capital saiu quase 13 anos depois dos dois homens derrubarem a tiros um helicóptero da Polícia Militar, durante uma operação policial no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, em outubro de 2009. Três dos seis agentes que estavam na aeronave morreram. Os demais, juntamente com três policiais militares que estavam no solo, foram feridos, alguns de forma grave.

Na sentença assinada pelo juiz Adriano Celestino Santos, ele relata que "as circunstâncias do crime extrapolam a normalidade, tendo em vista o poderio bélico demonstrado pelo grupo que direcionou a ação contra helicóptero da Polícia Militar, revelando desprezo à segurança pública".

O magistrado também destaca o fato dos três tripulantes que morreram, Marcos Stadler, Edney Canazaro e Izo Gomes, terem sido carbonizados. Para o juiz, o fato leva a crer que houve intenso sofrimento das vítimas.

Os outros três agentes que também estavam na aeronave, Marcelo Vaz, Marcelo de Carvalho e Anderson Fernandes, foram submetidos "a imenso sofrimento físico e abalo psicológico", segundo o juiz Adriano Celestino dos Santos. Os PMs chegaram a sofrer queimaduras de 2º e 3º graus, além de tratamento com cirurgião plástico e apoio psicológico.

O júri chegou a ser marcado anteriormente, em 2018, mas foi desmarcado e, em seguida, houve diversos adiamentos devido a recursos das defesas. Além de Magno e Lacoste, também responde pelo crime o traficante Fabiano Atanásio da Silva, o FB, que teve sua audiência remarcada após a sua advogada, Flávia Fróes, alegar problemas de saúde.

Magno já cumpre pena no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná, enquanto Lacoste está foragido da Justiça. Em 2019, Luiz Carlos Santino da Rocha, o Playboy, foi condenado a 225 anos por ser réu no mesmo caso. Isso acontece pois houve fragmentação do processo original. Todos são considerados chefes do tráfico da principal facção criminosa do Rio.

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