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Ginecologista é acusada de racismo após afirmar que odor de mulheres negras é mais forte

A ginecologista Helena Malzac é ré no Tribunal de Disputa do Rio após declarações

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 12 de junho de 2023 - 10:49
Helena Malzak
Helena Malzak -

A ginecologista Helena Malzac, que atende na Zona Sul do Rio, foi acusada por uma declaração feita durante uma de suas consultas. A médica afirmou que a genitália de mulheres pretas possui um odor mais forte em razão da cor da pele e dos pelos, durante conversa gravada por Luana Génot, executiva que teria levado sua afilhada de 19 anos para se consultar. 

Na gravação, a acompanhante pergunta se o odor acometia somente pessoas negras. A médica, por sua vez, confirmou. ‘’É muito comum. Não é 90%, mas a gente coloca uns 70%. Tem a ver com a melanina também”. 

A vítima, cuja identidade não foi revelada, falou “Ela disse que mulheres pretas têm mais probabilidade de ter um cheiro forte nas partes íntimas. No início, me senti vulnerável e fiquei no meu canto”.

O Ministério Público encarregou-se do caso da acusada. Helena Malzac foi acusada no último dia 31 de maio,  e recebeu intimações de racismo  pela confirmação de que não estaria falando apenas de uma mulher, mas de todas as brasileiras negras do país. Durante a audiência, Malzac justificou a fala com a experiência de 44 anos de trabalho.  

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No entanto, especialistas em entrevista ao Fantástico afirmaram que a relação entre cor e odor não existe. Segundo os especialistas, é verdade que pessoas pretas têm mais facilidade de desenvolver as glândulas apócrinas e elas são responsáveis pela produção de odores, no entanto, não possuem conexão com a cor de pele. “O que vai fazer essa secreção ter odor? Não tem nada a ver com a cor da pele. É a flora bacteriana, que é específica de cada indivíduo”, esclareceu. 

Em sua defesa, Helena afirmou que seu pai é negro e que e “em momento algum teve a intenção de ofender ou discriminar alguém pela cor da pele”. 

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