Glauber Braga é retirado a força da cadeira do presidente da Câmara de Deputados
Parlamentar ocupou a mesa diretora da Casa e se recusou a deixar o local

O deputado federal Glauber Braga foi retirado à força da mesa diretora da Câmara de Deputados, nesta terça-feira (9). O parlamentar foi conduzido por policiais legislativos da Câmara para fora do local.
Glauber ocupou a mesa diretora e se recusou a deixar o local após realizar uma declaração. Devido a isso, os policiais legislativos da Câmara começaram a esvaziar o plenário e o sinal da TV Câmara foi cortado.
No mesmo momento que o sinal foi cortado, jornalistas também passaram a ser retirados do local e impedidos de acompanhar a movimentação. A assessoria de Hugo Motta (Republicanos-PB) disse que a retirada foi realizada em razão de um protocolo e não por ordem do presidente da Câmara. Não foi especificado qual protocolo havia sido acionado.
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Nesta mesma terça, Hugo Motta anunciou que os deputados devem analisar uma possível cassação de mandato de Glauber, acusado de agressão a um manifestante na Câmara.
A denúncia que pode levar a cassação de Glauber foi apresentada pelo Partido Novo, em abril de 2024.
Glauber teria protagonizado, dentro das dependências da Câmara, um embate físico com o membro do MBL Gabriel Costenaro e o deputado Kim Kataguiri (União-SP), um dos fundadores do movimento.
Segundo vídeos recolhidos ao longo do processo no Conselho de Ética, o deputado e Costenaro teriam discutido verbalmente e o desentendimento evolui para empurrões e chutes do parlamentar contra o militante, na tentativa de tirá-lo da Casa.
Glauber Braga afirmou que a ação contra Gabriel Costenaro foi uma "reação a provocações sistemáticas" do militante e de outros membros do MBL ao próprio parlamentar e a aliados.
Segundo o deputado, o militante do MBL teria ofendido a honra de sua mãe, que veio a falecer poucas semanas depois do tumulto na Câmara dos Deputados.