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MPRJ entra com ação contra Gabriel Monteiro por uso indevido da máquina pública

De acordo com a denúncia, o ex-vereador usava funcionários de seu gabinete para gravação de vídeos em benefício próprio

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 25 de novembro de 2025 - 18:13
Ex-vereador é alvo do Ministério Público do Rio
Ex-vereador é alvo do Ministério Público do Rio -

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) entrou com uma ação contra o ex-vereador Gabriel Monteiro por improbidade administrativa. Ele é acusado de usar servidores da Câmara Municipal para produzir vídeos publicados em suas redes sociais que teriam gerado um lucro de R$ 2,3 milhões para ele, através da monetização de plataformas.

Segundo o MPRJ, a 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Patrimônio Público e da Cidadania da Capital destacou, na petição inicial enviada à 2ª Vara de Fazenda Pública da Capital que durante seu mandado entre 2022 e 2023, Monteiro exigia que funcionários de seu gabinete participassem da produção, preparação, gravação e edição de materiais audiovisuais para as redes sociais. 

Ainda de acordo com o órgão, como a maioria dos vídeos não tinha relação com o trabalho do vereador, a acusação entende que ele usou mão de obra pública para benefício próprio. 


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"O trabalho desempenhado pelos ocupantes de cargos comissionados na Câmara Municipal rendeu, pelo menos, R$2,3 milhões para Gabriel durante o exercício de seu mandato de vereador, em receitas auferidas junto às plataformas YouTube, Instagram, Facebook, TikTok e GabrielMonteiro.TV. Ao obter ganhos com a monetização de conteúdos audiovisuais concebidos, produzidos, gravados, editados e divulgados por servidores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Gabriel enriqueceu ilicitamente, em decorrência da utilização de mão de obra pública para a prestação de serviços de caráter particular, caracterizando a prática de ato de improbidade administrativa tipificado no artigo 9º, IV, da Lei nº 8.429/92", destaca um dos trechos da ação.

O MPRJ pede que Gabriel seja condenado a penalidades previstas no artigo 12 da Lei nº 8.429/92, que disciplina os atos de improbidade administrativa, além de devolver aos cofres públicos o dinheiro que teria recebido de forma ilegal.

Gabriel Monteiro foi preso em 2022 sob suspeita de estupro, sendo solto em 2025, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Atualmente, ele cumpre medidas restritivas incluindo uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar o Rio e restrição de contato com determinadas pessoas. Ele também chegou a ser cassado em 2022 por quebra de decoro parlamentar. 

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