Alexandre de Moraes pediu que Bolsonaro fosse preso 'sem a utilização de algemas e sem qualquer exposição midiática'
Ministro do STF determinou que ex-presidente fosse levado para Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) escreveu na decisão de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que a Polícia Federal cumprisse a medida "sem a utilização de algemas e sem qualquer exposição midiática''.
No texto, Moares ainda cita que Bolsonaro “deverá ser recolhido na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal”. O ex-presidente, que já estava em prisão domiciliar, foi levado à sede da PF.
Ele ficará em uma sala de Estado, espaço reservado para figuras de alto escalão da política. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Michel Temer (MDB) também ficaram detidos em salas da Polícia Federal.
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Segundo a decisão, a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em frente ao condomínio onde o ex-presidente mora, foi o fator para a decisão da prisão preventiva.
"O tumulto causado pela reunião ilícita de apoiadores do réu condenado tem alta possibilidade de colocar em risco a prisão domiciliar imposta e a efetividade das medidas cautelares, facilitando eventual tentativa de fuga do réu", diz o documento com a data deste sábado.
O texto ainda cita outros apoiadores de Bolsonaro que deixaram o Brasil para fugir de decisões judiciais, como Carla Zambelli (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Para Moraes, a convocação estaria "disfarçada de 'vigília'", mas na verdade indicaria "a repetição do modus operandi da organização criminosa liderada pelo referido réu, no sentido da utilização de manifestações populares criminosas, com o objetivo de conseguir vantagens pessoais".
De acordo com o ministro do STF, a tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro foi violada por volta das 0h08. "A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho", escreveu o magistrado.