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Barroso anuncia aposentadoria antecipada do STF

Ministro do STF foi indicado por Dilma e ficou 12 anos na Corte

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 09 de outubro de 2025 - 20:03
Luís Roberto Barroso anunciou sua aposentadoria do STF
Luís Roberto Barroso anunciou sua aposentadoria do STF -

O ministro Luís Roberto Barroso anunciou que deixará o Supremo Tribunal Federal (STF) antes do prazo legal, encerrando uma trajetória de mais de doze anos na Corte. A decisão já estava sendo amadurecida desde que ele deixou a presidência do tribunal.

A saída foi comunicada e já movimenta os bastidores do governo e do Judiciário. Barroso ficou emocionado durante seu discurso e, no final, foi aplaudido de pé pelos demais ministros.

"É hora de seguir novos rumos. Não tenho apego ao poder e gostaria de viver a vida que me resta sem as responsabilidades do cargo. Os sacrifícios e os ônus da nossa profissão acabam se transferindo aos familiares e às pessoas queridas", afirmou Barroso.

"Foi uma decisão longamente amadurecida que nada tem a ver com fatos da conjuntura atual. Há dois anos, comuniquei o presidente da República (Lula) sobre essa possível intenção. Essa é a última sessão plenária de que participo", concluiu o ministro.


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Barroso iria se aposentar em 2033, quando completasse 75 anos. O ministro afirmou que realizará um "retiro espiritual" ainda neste mês para definir os detalhes da saída, mas já tinha avisado de sua intenção ao presidente Edson Fachin e a outros ministros do STJ.

Indicado ao Supremo em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff, Barroso chegou à Corte após uma carreira marcada pela defesa de causas constitucionais e de direitos fundamentais. Ao longo de seus 12 anos como ministro, relatou casos de grande repercussão, como a suspensão de despejos durante a pandemia, a autorização de transporte gratuito nas eleições de 2023, e a limitação do foro privilegiado para autoridades públicas.

Também esteve à frente de ações que discutiram o porte de maconha para uso pessoal e foi o responsável por acompanhar as execuções da ação penal que puniu os envolvidos no mensalão. Como presidente do STF, coordenou o tribunal durante o julgamento que levou à condenação de envolvidos na tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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